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Tempo de viagem e lotação só melhoram em 2011
DE SÃO PAULO
Os passageiros da linha 2
do metrô ganharão duas novas estações neste semestre,
mas terão que esperar 2011
para sentir a prometida diminuição do tempo de viagem.
A informação foi transmitida pelo Metrô ao TCE (Tribunal de Contas do Estado).
O órgão, ao aprovar as
contas do governo paulista,
informou que "ainda não
houve melhora no atendimento dos passageiros em
decorrência das novas composições ferroviárias" compradas nos últimos anos.
O motivo é que isso só será
possível após a modernização do controle da distância,
velocidade e frenagem dos
trens, chamada de "sinalização" e que deve ser concluída
em março de 2011. A expectativa é que, com esse sistema,
os intervalos caiam 15%.
Ao comentar sobre a linha
2 após a extensão até Vila
Prudente e 16 trens novos, a
equipe do TCE citou que, "devido à limitação do sistema
de sinalização existente,
tempo de viagem e lotação
permanecerão inalterados".
O Metrô, em nota, informou que "processos licitatórios [...] sofrem interferências
externas que podem impactar no andamento da contratação".
DEMANDA CRESCENTE
A linha 2 registrou um
crescimento de demanda nos
últimos anos e, de acordo
com o Tribunal de Contas do
Estado, já tem lotação de cinco passageiros por m2 -contra perto de quatro por m2
dois anos atrás.
Embora seja bem menos
do que na linha 3-vermelha
(que ultrapassa nove passageiros por m2 nos picos), especialistas avaliam que a linha 2 pode superlotar após a
conexão com a rede de trens
da CPTM, em Tamanduateí.
O TCE também citou os
atrasos na entrega de novos
trens prometidos pelo Estado. O Metrô afirma que 57 de
107 trens adquiridos já foram
entregues -embora nem todos estejam operando.
O novo sistema de sinalização que será implantado é
conhecido como CBTC. Ele já
está sendo testado no trecho
entre Sacomã e Vila Prudente
(mas será sentido pelo passageiro apenas quando estiver
operando em toda a extensão
da linha, em 2011).
A nova tecnologia permite
maior aproximação entre os
trens, com a redução de até
15% no intervalo entre eles.
Hoje, os trens informam a
localização, por meio de cabos de fibra óptica, só em alguns pontos fixos. Por segurança, precisam ficar a 150
metros uns dos outros.
O novo modelo permite a
comunicação (com radiofrequência e antenas) em tempo
real em todos os trechos
-permitindo uma distância
de apenas 15 metros entre as
composições.
Ramon Fondevilla, diretor-geral de transporte da
Alstom, empresa contratada
pelo Metrô para implantar a
nova sinalização nas linhas
1, 2 e 3, afirma que esse sistema ainda é inédito na América Latina.
Mas ele relata dificuldade
para equipar linhas e trens
com rapidez por não ser possível a interrupção do serviço
aos passageiros. "É como trocar a turbina do avião em pleno voo", diz.
(AI E FT)
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