São Paulo, sexta-feira, 19 de agosto de 2011

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Juiz que prendeu mais de 50 PMs é ameaçado

Polícia do Rio recebe detalhes do plano para matá-lo; juíza foi morta na semana passada

DO RIO

Cinco dias após a morte da juíza Patrícia Acioli, que atuava contra milícias em São Gonçalo, no Rio, um plano para matar outro juiz foi informado ao Disque-Denúncia, na última terça-feira.
O alvo é Alexandre Abrahão, da 1ª Vara Criminal de Bangu (zona oeste), que já decretou a prisão de mais de 50 PMs. O caso foi revelado ontem pelo jornal "O Dia".
"Voltei de licença médica e fui pego de surpresa", disse ele, um mais atuantes contra policiais corruptos.
A informação dizia que a morte havia sido encomendada por Rogério de Andrade, apontado como um dos chefes da máfia de caça-níqueis no Rio. O aviso afirmava que Andrade, que está foragido da Justiça, tem o apoio de 39 PMs de um mesmo batalhão.
Dizia ainda que um servidor da Justiça passou aos bandidos informações sobre a segurança do juiz e detalhes do carro dele. Ele seria morto perto do trabalho.
Abrahão disse que sua segurança foi reforçada. A Secretaria de Segurança não deu detalhes sobre o caso. Outro alvo seria o diretor do Departamento de Polícia da Capital, Ricardo Dominguez.

LISTA
Apontado como autor de suposta "lista da morte" na qual constava o nome de Patrícia, Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, fez um acordo com a juíza e o Ministério Público para fazer delação premiada.
O advogado dele, Rafael Batista dos Santos Filho, disse que a lista orientava a defesa sobre personagens do processo. "Foi feita para adiantar a explicação aos advogados." Para a polícia, os 12 nomes eram de pessoas "marcadas para morrer".


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