ISABELA SALGUEIRO
DAS REGIONAIS

O município de Campinas possui 311.164 (32,7%) de seus habitantes morando em locais considerados frágeis, enquanto outros 50.982 (5,4%) vivem em regiões que são carentes de saneamento básico. Os dados também são do estudo feito pela Fundação Seade em 2000, quando Campinas possuía 948.662 habitantes.
O Seade se aprofundou na região de Campinas por ser uma das mais heterogêneas entre as estudadas -abriga municípios considerados pólos (29) e cidades (18) nas piores condições socioeconômicas, segundo o IPRS.
Para chegar ao resultado, a fundação dividiu a cidade em seis grupos, de acordo com suas características socioeconômicas.
No grupo 1, que tem os piores indicadores socioeconômicos, estão chefes de família jovens, com baixas renda e escolaridade, grande quantidade de crianças (de zero a quatro anos) e de mulheres chefes de família com baixa escolaridade. São 58.974 pessoas, ou 6,2% da população.
Na região do grupo 2, de fragilidade alta, há 78.114 pessoas (8,2% da população). São chefes de domicílio pouco escolarizados e com baixa renda, além de grande quantidade de mulheres chefes de família com pouca escolaridade.
A diferença em relação ao grupo 1 está na redução do número de crianças e no fato de os chefes de família não serem tão jovens.
Já no grupo 3, de fragilidade média-alta, estão chefes de família mais velhos que no grupo 1 e mais jovens que no 2, mas também com baixas escolaridade e renda. Nele, vivem 174.076 pessoas -18,3% dos habitantes.
O grupo 4, que reúne 14,77% da população, tem média fragilidade. Os chefes de domicílio não são tão jovens, a renda é melhor e não há muitas crianças. A fragilidade está no alto número de mulheres com baixa escolaridade.
O penúltimo grupo é o que agrega a maior parte da população -262.274, ou 27,5% dos habitantes. Aqui, a renda é alta, as famílias são mais velhas e há menos crianças.
No grupo 6, onde não há fragilidade, residem 184.068 pessoas (19,40% da população). Os três melhores grupos abrigam 586.516 pessoas -61,82% de Campinas.


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