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ADMINISTRAÇÃO
Servidores municipais estão em greve há 18 dias
Prefeito de Guarulhos negocia pagamento dos funcionários
da Reportagem Local
O prefeito em exercício de Guarulhos, Jovino Cândido (PV), e representantes dos funcionários vão
se reunir amanhã para negociar a
regularização do pagamento do
funcionalismo.
Anteontem, o TRT (Tribunal
Regional do Trabalho) considerou
não abusiva a greve dos 11,5 mil
servidores de Guarulhos. Eles estão parados há 18 dias em protesto
aos constantes atrasos de salários.
Os servidores de Guarulhos receberam com atraso nos últimos 18
meses.
A decisão do TRT significa que o
município tem de efetuar imediatamente o pagamento.
No encontro de amanhã, Cândido pretende apresentar para funcionários, sindicalistas e secretários municipais um quadro geral
sobre a situação financeira da Prefeitura de Guarulhos. Cândido vai
tentar definir um prazo para regularizar os pagamentos.
Recurso
Tito Costa, advogado do prefeito
afastado de Guarulhos, Néfi Tales
(PDT), pretende encaminhar até a
próxima terça-feira ao Tribunal de
Justiça do Estado recurso contra o
afastamento.
Néfi Tales foi afastado do cargo
pelo juiz da 1ª Vara Cível de Guarulhos, João Batista de Mello Paula
Lima. O prefeito foi acusado de
improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
Em nota divulgada anteontem,
Tales diz que seu afastamento
ocorreu sem que ele pudesse exercer seu direito de defesa, "uma
garantia constitucional".
Na sua opinião, caso a Justiça
mantenha seu afastamento do cargo, a decisão "representará verdadeira cassação de mandato eletivo pelo poder Judiciário".
Néfi Tales nega a acusação de enriquecimento ilícito.
Segundo o Ministério Público,
ele teria ampliado seu patrimônio
em R$ 5 milhões no primeiro ano
de gestão. Ele ganha R$ 7.000 por
mês.
"Já comprovei, com documentos, que todas as operações relativas à compra de imóveis foram legítimas. O próprio juiz diz que não
se apurou a origem do dinheiro,
mas não aponta referência sobre
se o dinheiro teria saído dos cofres
públicos."
Na sua opinião, o afastamento
tem conotação política.
No recurso encaminhado ao TJ,
Néfi Tales pede a cassação da liminar (decisão temporária) concedida pelo juiz de Guarulhos.
Caso o TJ mantenha a decisão, o
prefeito afastado pode recorrer
novamente ao Superior Tribunal
de Justiça.
Não há um prazo definido para
esse trâmite, que pode terminar
somente depois do ano 2000, ano
em termina o mandato de Néfi Tales. Nesse caso, ele continuaria
afastado.
Se o TJ cassar a liminar, ele volta
para o cargo de prefeito.
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