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PMs são mortos a tiros em São Paulo
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
Um oficial e um soldado da Polícia Militar foram mortos a tiros
em um intervalo de cinco horas
entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem.
O primeiro-tenente Shigetaka
Iagi, 51, foi morto com dois tiros
no peito, por volta das 20h de anteontem, em frente a um caixa eletrônico do Banespa, na avenida
Mateo Bei, em São Mateus, zona
sudeste de São Paulo.
Iagi voltava do trabalho, no Centro de Operações da PM de Santo
André, e parou seu carro, uma perua Escort, no caixa eletrônico.
Após retirar R$ 130, o oficial foi
abordado por dois homens que teriam tentado assaltá-lo.
O tenente, armado com um revólver calibre 38, atirou contra os
assaltantes, que revidaram e feriram Iagi no peito.
O oficial morreu a caminho do
pronto-socorro do hospital São
Matheus. Os assaltantes teriam fugido a pé.
Até ontem, a polícia não tinha
pistas dos assaltantes. O caso foi
registrado no 49º DP (São Mateus).
Filhos
Iagi era pai de Ricardo, que vive
no Japão, Rogério, 21, Débora, 18,
e Rodrigo, 11, filhos de sua primeira mulher, já morta. O tenente estava casado com a dona-de-casa
Elvira Domingas de Souza, 46.
O irmão de Elvira, Hélvio Domingos de Souza, 44, disse que Iagi pretendia se aposentar. O tenente, que fazia policiamento de
rua, estava trabalhando em Santo
André, fazendo serviços internos,
havia pouco mais de um ano.
Religioso, Iagi era líder da comunidade budista em seu bairro.
Ele realizava sessões de orações
em sua casa, a 1 km do local onde
foi morto. O tenente foi enterrado
no cemitério São Pedro (Vila Alpina) na tarde de ontem.
No bar
O soldado José Edval Ferreira de
Souza estava em um bar, por volta
de 1h de ontem, conversando com
amigos, quando dois homens entraram no local. Um deles atirou
oito vezes contra o soldado.
O bar fica na rua Rainha Margarida, na Vila Nova Curuçá, em São
Miguel (zona leste).
Os homens se aproximaram do
soldado com uma garrafa de cerveja cada um. Eles pararam diante
do PM, um deles se abaixou e colocou a garrafa no chão.
O estranho sacou uma pistola semi-automática e perguntou: "E
agora, cara?" e atirou contra o
PM. O caso foi registrado no 67º
DP (Jardim Robru), mas não há
pistas.
Souza, que era casado e tinha
dois filhos, uma menina de 5 anos
e um menino de 7, morreu a caminho do hospital-geral de Guaianazes. Ele será enterrado hoje, às 8h,
no Cemitério do Itaquera.
O velório se estenderia até a madrugada de hoje, na 3ª Companhia
do 2º Batalhão da PM, em Ermelino Matarazzo (zona leste de SP).
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