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Sindicato ameaça tirar apoio a Marta
MAYRA STACHUK
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário-geral do Sindicato
dos Camelôs de São Paulo, Francisco Oliveira da Silva, afirmou
ontem, após o confronto entre camelôs e a Guarda Civil, que a entidade irá rever se continuará
apoiando a candidatura da prefeita Marta Suplicy (PT) à reeleição.
"A rejeição já existe e, com esse
tipo de acontecimento, fica muito
difícil convencer a categoria a
apoiá-la", disse. "Esses confrontos violentos com a polícia têm
acontecido muito."
O presidente do sindicato,
Afonso José da Silva, concorreu
ao cargo de vereador no 1º turno
pelo PC do B. O sindicato deve se
reunir hoje com dirigentes do
partido para discutir o assunto.
Segundo Oliveira da Silva, o sindicato tinha um acordo verbal
com a prefeita para a criação de
uma Secretaria da Economia Informal. "Ficamos de conversar
mais sobre isso depois das eleições, mas com a prefeitura agindo
assim com os camelôs será difícil
ela conseguir manter o apoio."
Fato isolado
O deputado Ítalo Cardoso,
coordenador-geral da campanha
de Marta Suplicy, afirmou ter estranhado a dureza do enfrentamento, mas argumentou que o
sindicato não pode se pautar por
um fato isolado.
"Gostaria que o sindicato pesasse os quatro anos de relação do
governo de Marta com os ambulantes. Tem mais pontos a favor
do que contra. Por mais duro que
tenha sido, eles não devem romper uma relação respeitosa com a
prefeita só por conta de um fato
isolado", disse Cardoso.
O deputado disse que procurará
hoje o secretário Benedito Mariano (Segurança) para debater a dureza do enfrentamento, e que, se
for o caso, procurará o presidente
do sindicato. "Esse não é um episódio normal da relação com a
prefeita, que é de respeito."
Colaborou Catia Seabra, da Reportagem Local
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