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entrevista
Associação diz que decisão é "absurda"
DA AGÊNCIA FOLHA
O diretor da Associação
dos Profissionais de Propaganda, André Porto Alegre, diz que considera o caso "um absurdo sob todos
os aspectos".
FOLHA - O que o sr. acha da
decisão?
ANDRÉ PORTO ALEGRE - É um
absurdo sob todos os aspectos, a começar porque,
se existe uma atividade
neste país que tem auto-regulamentação, é a atividade publicitária. A opção
de entrar na Justiça vai
contra a postura moderna
e eficiente que a propaganda tem de resolver seus
conflitos, inclusive aqueles que desagradam ao
consumidor, pelo Conar
(Conselho Nacional de
Auto-Regulamentação
Publicitária). No momento em que você apela, sem
discutir o mérito, essa discussão termina aí.
FOLHA - Há casos em que isso
já ocorreu?
PORTO ALEGRE - Há um histórico de bons exemplos
de anúncios que foram
sustados ou alterados [pelo Conar] por reclamação
de consumidores que se
sentiram ofendidos.
FOLHA - E a multa?
PORTO ALEGRE - No que os
R$ 500 mil vão fazer efetivamente diferença com
relação à peça publicitária? Todas as pessoas que
viram e se sentiram ofendidas receberão remuneração? Era isso que elas
queriam? Possivelmente
não. Por que punir a empresa com esse valor? Ela
não jogou petróleo no rio.
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