São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2004

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ACIDENTE

Vazamento de óleo no mar inviabilizou pesca

3.300 pescadores prejudicados por explosão receberão salários

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Os pescadores impedidos de trabalhar pelo desastre ambiental na baía de Paranaguá (PR) vão receber um salário mínimo nos próximos dois meses para o sustento de suas famílias. O anúncio do socorro financeiro foi feito ontem pelo ministro José Fritsch (Secretaria Especial da Pesca).
Ele visitou a área afetada pelo derramamento de óleo do navio Vicuña, que explodiu na segunda-feira quando descarregava metanol no terminal de inflamáveis. Segundo Fritsch, será liberado R$ 1,7 milhão do FAT (Fundo Amparo ao Trabalhador) e a indenização será garantida a 3.300 pescadores registrados.
O número dos que têm a pesca como meio de subsistência na região é 4.000, segundo a Federação das Colônias de Pescadores do Paraná. Contando os demais integrantes das famílias, o desastre ambiental afetou a renda de 10 mil pessoas, afirmam eles.
"Uma situação de continuidade do dano ambiental poderá estender o benefício por mais tempo", disse o ministro.
Luciano Ferreira, da direção da federação da categoria, disse que um salário mínimo não repara o prejuízo dos pescadores, mas que será o primeiro caso de socorro federal em acidentes desse tipo. Ontem o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou as quatro empresas envolvidas no acidente em R$ 1 milhão (R$ 250 mil a cada uma) pela demora nas providências para estancar o vazamento do combustível do navio e nas ações de contenção da mancha. Ela não abrange a punição pelos danos ambientais. As empresas multadas são a Cattalini Terminais Marítimos, a Wilson Sons Agência Marítima, a chilena Sociedad Ultragas, dona do navio, e a Kuhllmann, seguradora da carga.


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