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ACIDENTE
Vazamento de óleo no mar inviabilizou pesca
3.300 pescadores prejudicados por explosão receberão salários
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Os pescadores impedidos de
trabalhar pelo desastre ambiental
na baía de Paranaguá (PR) vão receber um salário mínimo nos próximos dois meses para o sustento
de suas famílias. O anúncio do socorro financeiro foi feito ontem
pelo ministro José Fritsch (Secretaria Especial da Pesca).
Ele visitou a área afetada pelo
derramamento de óleo do navio
Vicuña, que explodiu na segunda-feira quando descarregava
metanol no terminal de inflamáveis. Segundo Fritsch, será liberado R$ 1,7 milhão do FAT (Fundo
Amparo ao Trabalhador) e a indenização será garantida a 3.300
pescadores registrados.
O número dos que têm a pesca
como meio de subsistência na região é 4.000, segundo a Federação
das Colônias de Pescadores do
Paraná. Contando os demais integrantes das famílias, o desastre
ambiental afetou a renda de 10 mil
pessoas, afirmam eles.
"Uma situação de continuidade
do dano ambiental poderá estender o benefício por mais tempo",
disse o ministro.
Luciano Ferreira, da direção da
federação da categoria, disse que
um salário mínimo não repara o
prejuízo dos pescadores, mas que
será o primeiro caso de socorro
federal em acidentes desse tipo.
Ontem o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) multou as quatro empresas envolvidas no acidente em R$ 1 milhão
(R$ 250 mil a cada uma) pela demora nas providências para estancar o vazamento do combustível do navio e nas ações de contenção da mancha. Ela não abrange a punição pelos danos ambientais. As empresas multadas são a Cattalini Terminais Marítimos, a
Wilson Sons Agência Marítima, a
chilena Sociedad Ultragas, dona
do navio, e a Kuhllmann, seguradora da carga.
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