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JUSTIÇA
Magistrado mandou soltar presos condenados, alegando superlotação
Comissão vai analisar a atuação de juiz de Minas
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A Procuradoria Geral de Justiça
de Minas Gerais, por determinação do procurador-geral, Jarbas
Soares Júnior, criou uma comissão para analisar se o juiz Livingsthon José Machado, da Vara de
Execuções Criminais de Contagem (MG), prevaricou.
O juiz mandou soltar presos
condenados de carceragens lotadas. Segundo o Ministério Público Estadual, ele agiu sem julgar
uma ação civil pública para transferência de presos. Também teria
expedido os alvarás de soltura
sem ouvir o Ministério Público.
Também foi instaurado procedimento pela Corregedoria do
Tribunal de Justiça, que cassou
todas as decisões de Machado.
Alegando superlotação, condições insalubres e desumanas nas
carceragens de delegacias, o juiz
determinou a soltura de 16 presos
condenados. Eles foram soltos e,
dois dias depois, o Tribunal de
Justiça cassou a decisão, a pedido
do governo do Estado.
Nesta semana, o juiz mandou
soltar mais 36 presos, mas o TJ
atendeu com rapidez o pedido do
governo e impediu a soltura. O TJ
também determinou que o juiz
não volte a emitir novos alvarás.
Machado não quis falar ontem,
por telefone, com a reportagem.
Secretário-geral da Procuradoria e integrante da comissão, Luciano Badini disse que não há ato
de corrupção praticado pelo juiz,
mas que será analisada a eventualidade de ele ter prevaricado.
"Prevaricar também é praticar
ato de ofício contra disposição de
lei para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal. Pode ser teimosia, capricho, prazer da prepotência ou mandonismo", disse o
promotor.
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