ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma festa rave reuniu cerca de 10 mil pessoas em uma fazenda, em Itu (103 km de São Paulo), na madrugada de ontem. Ao som de música eletrônica, ecstasy e outras drogas eram vendidas e consumidas por alguns freqüentadores do evento. O que eles não imaginavam é que a polícia também havia sido convidada para participar da festa.
Infiltrados entre o público, os policiais verificaram quem eram os vendedores e consumidores de entorpecentes. Três homens acusados de vender drogas foram presos em flagrante. Outras 19 pessoas, todas jovens, acabaram detidas por porte drogas e vão responder processo em liberdade.
As prisões fazem parte da chamada Operação Dancing, criada pelo Denarc (Departamento de Investigação Sobre Narcóticos) para combater o tráfico de drogas em festas raves e danceterias.
A polícia apreendeu comprimidos de ecstasy, micropontos de LSD, papelotes de cocaína, maconha e frascos de lança-perfume.
Os acusados foram levados até a sede do Denarc, na zona oeste de São Paulo, para prestar depoimento e serem autuados.
Segundo o delegado José Luiz Ramos Cavalcanti, a organização da festa tinha autorização da prefeitura e toda a documentação necessária para realizar o evento.
"O Denarc foi avisado pelos próprios organizadores, que queriam a presença da polícia. Eles também contrataram cerca de 400 seguranças", disse o delegado.
De acordo com ele, "os organizadores sérios" continuarão realizando raves sem problemas. "Eles disponibilizam uma boa estrutura para os freqüentadores e têm toda a documentação em dia. Além disso, fazem questão de contar com a polícia. Quem for mal-intencionado [tiver envolvimento com o tráfico] será preso."

Rio
Foram liberados 29 dos 30 presos anteontem de madrugada na festa rave Rio E-Music Festival, no Riocentro. Na operação, 15 policiais civis se disfarçaram de freqüentadores e, com câmeras escondidas, filmaram jovens consumindo drogas. Ecstasy, LSD, lança-perfume, maconha e cocaína foram apreendidos.


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