Os irmãos Silas, 55, e Alberto Chagas, 53, morreram asfixiados; segundo a perícia, fogo teve início após a explosão de aparelho

Outras três pessoas que estavam na casa conseguiram escapar; polícia não pôde identificar marca do telefone

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

O curto-circuito em um celular provocou um incêndio que causou a morte de duas pessoas em Serra (região metropolitana de Vitória), no Espírito Santo.
Os irmãos Silas, 55, e Alberto Chagas, 53, morreram asfixiados pela fumaça.
O fogo começou por volta das 2h30, quando os cinco moradores da casa de um conjunto habitacional, no bairro Jardim Anchieta, dormiam. A mulher de Silas, Vani, a mãe, Maria de Souza, e o sobrinho Nivelton foram levados ao hospital, mas não correm risco de morte.
Segundo o DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), o fogo teve início em um celular -de marca ainda não identificada- cuja bateria estava sendo recarregada em uma tomada perto de um sofá.
Segundo disse a família à polícia, o PM aposentado Alberto e o comerciante Silas tentaram apagar o incêndio e depois não conseguiram sair da casa.
"Os irmãos tentaram escapar do fogo e foram até o banheiro em busca de água, provavelmente para ficar em baixo do chuveiro, mas acabaram morrendo asfixiados", disse o investigador Oscar de Mello.
Segundo Mello, eles não conseguiram sair de casa rapidamente porque não conseguiram encontrar as chaves. O curto-circuito interrompeu o fornecimento de energia.
Um vizinho conseguiu arrombar uma janela e retirar os outros três parentes.
Segundo o chefe da perícia da Polícia Civil, Carlos Léo, o celular explodiu e não foi possível identificar a marca. O laudo com as causas do acidente deve sair em 15 dias.
Para que o celular não provoque incêndios, especialistas aconselham não exceder o tempo de recarga do aparelho -que pode ser checado no manual. Também alertam para o risco de usar carregadores que não sejam originais e de deixar o aparelho em ambientes úmidos, muito quentes ou em contato com objetos metálicos.


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