São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008 |
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ENTREVISTA - JOSÉ GOMES TEMPORÃO Tendência é que casos de febre amarela se reduzam Para ministro da Saúde, aumento da vacinação deve conter evolução da doença
ANGELA PINHO
Confrontado com uma escalada do número de casos de febre amarela no país e, ao mesmo tempo, com a corrida da população pela vacina, o ministro
da Saúde, José Gomes Temporão, afirma que há "um clima de
irresponsabilidade no país" e
culpa a mídia por parte dele.
Para Temporão, 56, setores
dos meios de comunicação induziram a população a uma "interpretação equivocada" da
doença. "O governo fala uma
coisa e parte da imprensa estimula outra", disse em entrevista à Folha, por telefone, na tarde de sexta-feira.
FOLHA - O número de casos de febre amarela confirmados neste ano já é maior do que o do ano passado e o maior desde 2004. Por quê? JOSÉ GOMES TEMPORÃO - Eu poderia fazer uma análise distinta. O número de casos vem diminuindo de maneira consistente desde 2000 e é bem menor do que em 2003. Isso tem a ver com a dinâmica de circulação do vírus em regiões de mata e com a entrada de pessoas não vacinadas nessas regiões. Todos os anos o Brasil apresenta casos de febre amarela silvestre porque nós temos matas, macacos, mosquitos e o vírus, circulando permanentemente nessas regiões. O que aconteceu, de uma certa forma, é que houve uma interpretação por algum motivo equivocada da população que desnecessariamente começou a procurar vacina mesmo não necessitando. FOLHA - Houve falta de vacina em
alguns locais...
FOLHA - Com a evolução dos casos
neste ano, pode-se chegar ao patamar de 2000 [85 casos]?
FOLHA - Qual a possibilidade de alguém que contraiu o vírus da febre
amarela em área rural ser picado pelo Aedes aegypti? O risco de retorno
da febre amarela urbana é zero?
FOLHA - O sr. disse que houve uma
interpretação errada da população
sobre a necessidade da vacina. Onde
acha que houve a desinformação?
FOLHA - Quando o sr. fala de "política com "p" pequeno" se refere à imprensa ou a outros tipos de pressão?
FOLHA - A responsabilidade é só da
imprensa? A população não foi surpreendida pelos primeiros casos,
que foram aumentando dia-a-dia?
FOLHA - Há duas pessoas internadas em Brasília por causa de revacinação. O que acontece?
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