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SEGURANÇA
Crime aconteceu em escola de Lorena (SP), após uma discussão em sala de aula; pai da vítima diz que processará o Estado
Aluno de 14 anos é assassinado por colega
MARIA TERESA MORAES
DA FOLHA VALE
Um pedaço de borracha atirado
em uma discussão na sala de aula
de uma escola estadual de Lorena
(SP) provocou a morte, com um
tiro na cabeça, de Wagner César
Carvalho de Oliveira, 14, por seu
colega de classe, A.L.F., 14, anteontem à tarde.
Os garotos, que, segundo a polícia, já tinham se desentendido anteriormente, cursavam o terceiro
ano do ensino médio da Escola
Estadual Professor Joaquim Ferreira Pedro. Cerca de 40 alunos da
escola presenciaram o crime. Os
dois brigaram no intervalo entre a
primeira e a segunda aula.
Segundo a polícia, após a briga,
A. teria pulado o muro da escola,
pego um revólver com um amigo
e voltado. Ao encontrar Wagner
no corredor, atirou em sua cabeça. Wagner havia acabado de sair
da sala da diretoria. Ele queria ser
dispensado do restante das aulas,
já que se sentira ameaçado.
O segurança Rogério César de
Oliveira, 36, pai do adolescente
assassinado, disse ontem que vai
responsabilizar judicialmente o
Estado pela morte de Wagner.
De acordo com ele, a direção da
escola demorou cerca de uma hora para liberar o garoto depois
que ele afirmou ter sido ameaçado pelo colega de classe.
Segundo Oliveira, antes de liberar o garoto, a direção da escola ligou para a mãe do adolescente,
Ana Maria Carvalho Pinto, 31, para informar o ocorrido.
O dirigente regional de ensino
de Lorena, Eduardo Ferreira de
Castro, afirmou que os alunos
menores da rede estadual só podem se ausentar das aulas com a
autorização dos pais. O Estado
instaurou uma sindicância administrativa para apurar o caso.
Segundo estudantes que não
quiseram se identificar, os dois
alunos não tinham um bom relacionamento, e A. já havia ameaçado matar Wagner anteriormente.
De acordo com o delegado Wilson Stevan de Moraes, A. confessou o crime na noite de anteontem e está sob custódia da Vara de
Infância e Juventude de Lorena.
Segundo ele, A. disse, em depoimento, que ficou escondido em
um matagal na periferia até ser levado por seus pais à delegacia.
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