DA REPORTAGEM LOCAL

Estado e Prefeitura de São Paulo participam juntos, neste sábado, de uma operação batizada de "Dia D Metropolitano de Combate à Dengue". A intenção é conter a epidemia que vem crescendo rapidamente em municípios da região oeste da Grande São Paulo, evitando que casos autóctones -adquiridos no local- venham a ocorrer em áreas ainda "virgens" da doença.
A preocupação aumentou com o salto nos números de casos confirmados de Itapevi (580 nas primeiras seis semanas do ano) e em Jandira (422).
As duas cidades somam pouco mais de 253 mil habitantes, o que equivale a uma incidência de 358,4 casos por 100 mil habitantes em Itapevi e 461,7 casos por 100 mil habitantes em Jandira.
Para se ter uma idéia, a cidade de São Paulo, com cerca de 10 milhões de habitantes, registrou neste ano apenas dois casos autóctones, os dois no Jabaquara, bairro na zona sul da cidade.

"Cinturão"
A idéia de se fazer uma espécie de "cinturão" em torno da cidade é inviável, já que há um trânsito diário de milhões de pessoas entre a capital e os municípios da Grande São Paulo.
Além do combate ao mosquito nos bairros com epidemia, a prioridade estão sendo bairros nobres de São Paulo que dificultam o trabalho dos agentes de saúde e que concentram grande número de focos do mosquito.
Perdizes, na zona oeste, por exemplo, é o bairro com maior número de focos do Aedes, segundo levantamento da prefeitura. Neste sábado, o "Dia D Metropolitano de Combate à Dengue" prevê o lançamento do Comitê Regional de Combate à Dengue de Perdizes, na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) da rua Monte Alegre.
O próprio secretário municipal da Saúde, Eduardo Jorge, encabeçará um mutirão que pretende convencer os moradores a abrir suas portas e deixar os agentes vistoriarem os depósitos de água. Para chamar a atenção, malabaristas e cem músicos da Escola de Samba Águia de Ouro participarão das ações.
Em toda a cidade e nos municípios da região metropolitana, serão realizados mutirões de limpeza de córregos, praças e coleta de entulhos.
Ao longo do ano passado, São Paulo registrou 2.210 casos de dengue, mas apenas 429 eram autóctones.
A intenção, dizem os técnicos, é que se consiga neste ano um controle igual ou ainda maior do que se conseguiu no ano passado.


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