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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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BAHIA

Imóvel será para funcionário público

Casarões do Pelourinho vão virar apartamentos

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Cinquenta casarões construídos há mais de 250 anos no Pelourinho (centro histórico de Salvador) vão abrigar 200 apartamentos residenciais de um, dois e três dormitórios.
Destinados exclusivamente a funcionários públicos, os primeiros 41 imóveis começam a ser preparados imediatamente, segundo o governador Paulo Souto (PFL), que assinou contrato com a Caixa Econômica Federal. A CEF vai investir R$ 1,9 milhão na recuperação dos primeiros sete casarões.
"Vamos levar mais vida ao Pelourinho, um bairro que ficou essencialmente comercial depois das obras de recuperação e restauração", disse Souto.
Os funcionários públicos selecionados vão pagar entre R$ 150 e R$ 350 durante 15 anos. "Após esse prazo, os servidores poderão comprar o apartamento."
Para preservar as características do Pelourinho, tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio da humanidade, todos os casarões que terão seus espaços físicos transformados em apartamentos deverão manter a originalidade das suas fachadas e telhados.
"Técnicos especialistas em patrimônio histórico vão recuperar as fachadas de todos os casarões. Por dentro é que vão acontecer as mudanças, com a realização das obras de infra-estrutura", disse Paulo Souto.
O governador afirmou que existe a possibilidade de os apartamentos serem negociados com outros segmentos da sociedade. "No futuro, tenho certeza, outros setores da população também vão se interessar em morar no centro histórico de Salvador."
O cadastramento para a escolha dos 41 selecionados da primeira parte do projeto já foi concluído. Os técnicos do governo e da CEF não levaram em consideração apenas a possibilidade de o servidor pagar as prestações em dia.
"Para nós, é muito importante que o funcionário público também se comprometa a cuidar do imóvel, mantendo todas as suas características", disse Souto.
As obras de recuperação e restauração do centro histórico de Salvador começaram em 1991. Dos 3.000 imóveis dos séculos 16, 17, 18 e 19, cerca de 700 já foram totalmente restaurados. Nos últimos 11 anos, o governo baiano investiu mais de R$ 200 milhões de recursos próprios nas obras.


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