|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BAHIA
Imóvel será para funcionário público
Casarões do Pelourinho vão virar apartamentos
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Cinquenta casarões construídos
há mais de 250 anos no Pelourinho (centro histórico de Salvador) vão abrigar 200 apartamentos residenciais de um, dois e três
dormitórios.
Destinados exclusivamente a
funcionários públicos, os primeiros 41 imóveis começam a ser preparados imediatamente, segundo
o governador Paulo Souto (PFL),
que assinou contrato com a Caixa
Econômica Federal. A CEF vai investir R$ 1,9 milhão na recuperação dos primeiros sete casarões.
"Vamos levar mais vida ao Pelourinho, um bairro que ficou essencialmente comercial depois
das obras de recuperação e restauração", disse Souto.
Os funcionários públicos selecionados vão pagar entre R$ 150 e
R$ 350 durante 15 anos. "Após esse prazo, os servidores poderão
comprar o apartamento."
Para preservar as características
do Pelourinho, tombado pela
Unesco (Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura) como patrimônio da
humanidade, todos os casarões
que terão seus espaços físicos
transformados em apartamentos
deverão manter a originalidade
das suas fachadas e telhados.
"Técnicos especialistas em patrimônio histórico vão recuperar
as fachadas de todos os casarões.
Por dentro é que vão acontecer as
mudanças, com a realização das
obras de infra-estrutura", disse
Paulo Souto.
O governador afirmou que existe a possibilidade de os apartamentos serem negociados com
outros segmentos da sociedade.
"No futuro, tenho certeza, outros
setores da população também vão
se interessar em morar no centro
histórico de Salvador."
O cadastramento para a escolha
dos 41 selecionados da primeira
parte do projeto já foi concluído.
Os técnicos do governo e da CEF
não levaram em consideração
apenas a possibilidade de o servidor pagar as prestações em dia.
"Para nós, é muito importante
que o funcionário público também se comprometa a cuidar do
imóvel, mantendo todas as suas
características", disse Souto.
As obras de recuperação e restauração do centro histórico de
Salvador começaram em 1991.
Dos 3.000 imóveis dos séculos 16,
17, 18 e 19, cerca de 700 já foram
totalmente restaurados. Nos últimos 11 anos, o governo baiano investiu mais de R$ 200 milhões de
recursos próprios nas obras.
Texto Anterior: Mãe planeja sequestro da filha de 2 anos em São Miguel do Guamá (PA) Próximo Texto: Panorâmica - Arte Índice
|