São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

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AUGUSTO LUIZ GONZAGA (1933-2009)

Um pioneiro no tratamento de hemofílicos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A iniciativa do médico Augusto Luiz Gonzaga de abrir uma escola de cães-guia para cegos começou com um anúncio no jornal, que ele mesmo mandou publicar.
Procurava um instrutor para dar as aulas. Depois de achar um aspirante à vaga, o segundo passo foi mandar o rapaz para a Nova Zelândia, único país com um curso de formação de treinadores aberto a alunos estrangeiros.
Augusto bancou tudo. Não tinha cegos na família, nem amigos cegos, mas percebia que alguns pacientes com a deficiência deixavam de sair de casa. Para ele, um cão poderia mudar-lhes a vida.
Médico formado no Rio, sua especialidade não era a oftalmologia; era a hematologia. De 1985 a 1987, foi presidente da SBHH (Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia).
Chegou a ser consultor da OMS e da Cruz Vermelha Internacional para assuntos ligados ao sangue. Como diz a filha Maria Eugênia, o pai foi pioneiro no tratamento de hemofílicos, tendo atendido os irmãos Betinho (sociólogo) e Henfil (cartunista).
Entre outras instituições ligadas à área, criou o Hospital do Hemofílico, no Rio. Após se aposentar, voltou a sua cidade, Florianópolis.
Para passar o tempo, pintava cerâmica e cultivava um orquidário. Morreu sábado, aos 75, após um AVC (acidente vascular cerebral). Deixa cinco filhos e quatro netos.

obituario@grupofolha.com.br


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