São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010

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Curso a bordo custava cerca de
R$ 80 mil

Veleiro Concordia recebia jovens de todo o mundo para programas de estudo de um semestre a um ano de duração

Alunos cumpriam tarefas como limpar o convés e ajudar a operar o navio; em comunidade na internet, ex-alunos lamentam naufrágio

DA SUCURSAL DO RIO
DA FOLHA ONLINE

A travessia entre Recife e Montevidéu, interrompida pelo naufrágio do veleiro Concordia, era só uma parte do roteiro programado pelo West Island College International para os 41 estudantes a bordo.
Construído em 1992, o veleiro recebia alunos de todo o mundo para programas de estudo de um semestre a um ano de duração. O custo, segundo o site da instituição, varia de 28,5 mil a 47 mil dólares canadenses por pessoa (em torno de R$ 49,8 mil a R$ 82,2 mil).
O desembarque em Recife marcou o fim do primeiro semestre de estudos, quando alguns alunos encerram a jornada e outros juntam-se ao grupo.
O programa é voltado tanto para alunos do ensino médio quanto para universitários em início de curso. No segundo caso, são oferecidas disciplinas de biologia marinha, introdução a negócios, relações internacionais e inglês, entre outras.
Algumas são ministradas por um professor embarcado; outras, a distância. Ao fim da viagem e do programa, o aluno consegue aproveitar os créditos cursados em diversas instituições de ensino do Canadá.
Além de estudar, os alunos precisam cumprir tarefas como limpar o convés e ajudar na operação do veleiro.

Ex-alunos lamentam
Ex-alunos do Concordia lamentaram o naufrágio em comunidade do site de relacionamentos Facebook.
"Eu nem posso imaginar o que deve ter sido implementar exercícios de segurança reais e ficar sentado por horas em uma balsa salva-vidas, sem saber o que ia acontecer! O fato de o Concordia estar no fundo do mar me entristece e só posso pensar em todas as lembranças, imagens, a vida a bordo. (...) O Concordia vai navegar nas nossas memórias para sempre", escreveu Sarah Kim.
"Ainda estou em choque. Não posso acreditar que ele se foi!", afirmou Lisa Cook-McGowan.
"Ele era um grande navio, e o ano em que o chamei de casa foi o mais memorável da minha vida", escreveu Christina Moon.


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