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Curso a bordo custava cerca de
R$ 80 mil
Veleiro Concordia recebia jovens de todo o mundo para programas de estudo de um semestre a um ano de duração
Alunos cumpriam tarefas como limpar o convés e ajudar a operar o navio; em comunidade na internet, ex-alunos lamentam naufrágio
DA SUCURSAL DO RIO
DA FOLHA ONLINE
A travessia entre Recife e
Montevidéu, interrompida pelo naufrágio do veleiro Concordia, era só uma parte do roteiro
programado pelo West Island
College International para os
41 estudantes a bordo.
Construído em 1992, o veleiro recebia alunos de todo o
mundo para programas de estudo de um semestre a um ano
de duração. O custo, segundo o
site da instituição, varia de 28,5
mil a 47 mil dólares canadenses
por pessoa (em torno de R$
49,8 mil a R$ 82,2 mil).
O desembarque em Recife
marcou o fim do primeiro semestre de estudos, quando alguns alunos encerram a jornada e outros juntam-se ao grupo.
O programa é voltado tanto
para alunos do ensino médio
quanto para universitários em
início de curso. No segundo caso, são oferecidas disciplinas de
biologia marinha, introdução a
negócios, relações internacionais e inglês, entre outras.
Algumas são ministradas por
um professor embarcado; outras, a distância. Ao fim da viagem e do programa, o aluno
consegue aproveitar os créditos cursados em diversas instituições de ensino do Canadá.
Além de estudar, os alunos
precisam cumprir tarefas como
limpar o convés e ajudar na
operação do veleiro.
Ex-alunos lamentam
Ex-alunos do Concordia lamentaram o naufrágio em comunidade do site de relacionamentos Facebook.
"Eu nem posso imaginar o
que deve ter sido implementar
exercícios de segurança reais e
ficar sentado por horas em uma
balsa salva-vidas, sem saber o
que ia acontecer! O fato de o
Concordia estar no fundo do
mar me entristece e só posso
pensar em todas as lembranças,
imagens, a vida a bordo. (...) O
Concordia vai navegar nas nossas memórias para sempre", escreveu Sarah Kim.
"Ainda estou em choque. Não
posso acreditar que ele se foi!",
afirmou Lisa Cook-McGowan.
"Ele era um grande navio, e o
ano em que o chamei de casa foi
o mais memorável da minha vida", escreveu Christina Moon.
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