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CRIME
Quatro PMs do Rio são presos acusados de morte e tortura
DA SUCURSAL DO RIO
Quatro policiais militares
do 16º Batalhão (Olaria) foram presos acusados de matar o caixa de farmácia Marcílio de Souza Silva, 24, e torturar seu primo, um funcionário de supermercado de 27
anos. Os crimes ocorreram
na noite de quarta-feira.
Segundo a Polícia Civil, os
dois cabos e dois soldados
-cujos nomes não foram divulgados- abordaram Silva e
o primo quando estes passavam de moto pela Vila Cruzeiro, na Penha (zona norte),
onde visitariam parentes
-ambos moram na Cidade
de Deus, em Jacarepaguá.
Os PMs suspeitaram que
fossem criminosos, ordenaram que entrassem no veículo policial e os levaram a uma
base desativada da PM, em
Parada de Lucas. Ali, agrediram-nos a tapas e socos e
roubaram-lhes documentos,
dinheiro e celulares, além da
moto, conforme relato do sobrevivente, que conseguiu fugir e contou o caso a parentes.
Enquanto a família registrava o desaparecimento na
22ª Delegacia (Penha), um
corpo chegou. Era Silva. Tinha as mãos amarradas e dois
tiros na cabeça. "Todos os indícios nos fazem crer que os
policiais são os responsáveis", disse o delegado Felipe
Ettore. A seu pedido, a Justiça ordenou a prisão temporária dos PMs, reconhecidos
em fotos pelo sobrevivente.
Ontem, em depoimento à
Corregedoria, os policiais negaram os crimes. Disseram
ter suspeitado dos primos,
mas afirmaram tê-los liberados. Em nota, a PM disse lamentar o episódio, que será
investigado com rigor.
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