São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AMBIENTE

Ao inaugurar ampliação da calha do rio, governador assinou autorização para PPPs para serviços de manutenção

Alckmin autoriza parceria para o Tietê

SIMONE HARNIK
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou ontem a autorização para que sejam realizadas PPPs (Parcerias Público-Privadas) para a manutenção do paisagismo, dos taludes, de barragens e de revestimentos das margens do rio Tietê. O custo anual da manutenção, sem contar as ações de desassoreamento, é de aproximadamente R$ 10 milhões.
No dia da inauguração das obras de ampliação da calha do rio, Alckmin também prometeu a construção de um centro cultural, assinado por Ruy Ohtake, na região do Cebolão -encontro do rio Tietê com o Pinheiros.
"Já está pronto o projeto para um parque e um ancoradouro. Vamos ter um centro de exposições e um local para poder entrar no barco e sair dele", afirmou.
A obra de ampliação da calha foi inaugurada com um atraso de seis meses. O rio foi rebaixado em cerca de 2,5 metros e teve a largura ampliada de 20 para 46 metros em seus 24,5 km.
Com duração de quatro anos e custo de R$ 1,1 bilhão -divididos entre recursos do JBIC (banco japonês) e do Estado-, a obra ainda não dá indícios de quando o rio ficará definitivamente limpo.
De acordo com o secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, o rio tem 632 entradas de esgoto e 62 córregos que precisam ser saneados.
"Ainda vão ser investidos US$ 400 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento para ligar 300 mil casas à rede de esgoto."

Passeio
Antes de discursar, o governador e mais 150 pessoas -entre os quais, correligionários e jornalistas- fizeram um passeio, com duração de uma hora e 15 minutos, no barco "Almirante do Lago", pelo Tietê.
A festa do rio começou com o descerramento do marco das obras, feito por Ruy Ohtake. A escultura de concreto cinza tem uma parte vermelha que faz referência à ampliação da calha, outra azul, simbolizando as águas (não tão azuis) do rio, e outra verde, em referência ao paisagismo, ainda incipiente.
De cara, o que mais chamou a atenção não foi a obra de ampliação da calha, mas sim o cheiro forte e azedo que aumentava conforme a embarcação se movia.
Por todo o trajeto, seguido de perto por urubus, o comandante do barco buzinava para os curiosos que observavam das margens. No final, crianças e jovens dançavam uma música japonesa, em homenagem aos patrocinadores da obra.


Texto Anterior: Há 50 anos: EUA aumentam ajuda a aliados
Próximo Texto: Segurança: Quadrilha faz arrastão e reféns em Moema
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.