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AMBIENTE
Ao inaugurar ampliação da calha do rio, governador assinou autorização para PPPs para serviços de manutenção
Alckmin autoriza parceria para o Tietê
SIMONE HARNIK
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo e
pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou
ontem a autorização para que sejam realizadas PPPs (Parcerias
Público-Privadas) para a manutenção do paisagismo, dos taludes, de barragens e de revestimentos das margens do rio Tietê.
O custo anual da manutenção,
sem contar as ações de desassoreamento, é de aproximadamente
R$ 10 milhões.
No dia da inauguração das
obras de ampliação da calha do
rio, Alckmin também prometeu a
construção de um centro cultural,
assinado por Ruy Ohtake, na região do Cebolão -encontro do
rio Tietê com o Pinheiros.
"Já está pronto o projeto para
um parque e um ancoradouro.
Vamos ter um centro de exposições e um local para poder entrar
no barco e sair dele", afirmou.
A obra de ampliação da calha foi
inaugurada com um atraso de seis
meses. O rio foi rebaixado em cerca de 2,5 metros e teve a largura
ampliada de 20 para 46 metros em
seus 24,5 km.
Com duração de quatro anos e
custo de R$ 1,1 bilhão -divididos
entre recursos do JBIC (banco japonês) e do Estado-, a obra ainda não dá indícios de quando o
rio ficará definitivamente limpo.
De acordo com o secretário de
Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, o rio tem
632 entradas de esgoto e 62 córregos que precisam ser saneados.
"Ainda vão ser investidos US$
400 mil do Banco Interamericano
de Desenvolvimento para ligar
300 mil casas à rede de esgoto."
Passeio
Antes de discursar, o governador e mais 150 pessoas -entre os
quais, correligionários e jornalistas- fizeram um passeio, com
duração de uma hora e 15 minutos, no barco "Almirante do Lago", pelo Tietê.
A festa do rio começou com o
descerramento do marco das
obras, feito por Ruy Ohtake. A escultura de concreto cinza tem
uma parte vermelha que faz referência à ampliação da calha, outra
azul, simbolizando as águas (não
tão azuis) do rio, e outra verde,
em referência ao paisagismo, ainda incipiente.
De cara, o que mais chamou a
atenção não foi a obra de ampliação da calha, mas sim o cheiro
forte e azedo que aumentava conforme a embarcação se movia.
Por todo o trajeto, seguido de
perto por urubus, o comandante
do barco buzinava para os curiosos que observavam das margens.
No final, crianças e jovens dançavam uma música japonesa, em
homenagem aos patrocinadores
da obra.
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