da Reportagem Local

A cidade de São Paulo não tem hoje estrutura para enfrentar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O combate ao mosquito é a principal forma de evitar a epidemia da doença que ameaça a cidade.
Com vários focos do mosquito espalhados pela cidade e 33 casos importados (adquiridos em outras cidades), as duas instituições encarregadas do combate têm problemas de falta de estrutura e de pessoal. O combate ao mosquito é feito hoje pelos Núcleos de Zoonoses (ligados às Administrações Regionais municipais e coordenados pelo Centro de Controle de Zoonoses), e pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias, do governo estadual).
A Sucen conta com apenas quatro técnicos de nível superior para articular as ações em toda a cidade. Mais 50 pessoas trabalham buscando o mosquito em toda a Grande São Paulo. Para o órgão, pelo menos 1.500 pessoas deveriam realizar o trabalho.
O Centro de Controle de Zoonoses tem outras 60 pessoas para combater o mosquito em toda a cidade, distribuídas em dez núcleos. A Folha apurou que a maioria dos núcleos está destruturada e alguns não têm nem carros para visitar os focos do mosquito.
No ano passado, o centro recebeu apenas R$ 1,2 milhão de um total de R$ 2,1 milhões de seu orçamento. Este ano, teve orçamento reduzido para R$ 1,7 milhão.
Nos próximos dias, a prefeitura deve começar a receber R$ 15,8 milhões do Ministério da Saúde para o combate à doença. A primeira parcela do dinheiro já deveria ter chegado há cerca de quatro meses, mas o preenchimento errado de papéis pela prefeitura atrasou a liberação.
O dinheiro que está chegando já poderia ser usado para contratação de pessoal em caráter de emergência, sem concurso público, como está sendo feito em outras cidades do país. A prefeitura vai aguardar, entretanto, a conclusão de uma licitação, ainda sem prazo, para terceirizar o serviço. (AM e PL)



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