São Paulo, Sábado, 20 de Março de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tuma Jr. fica no caso e ganha reforço

da Reportagem Local

O delegado-geral Marco Antônio Desgualdo, chefe da Polícia Civil paulista, decidiu ontem que pelo menos mais 13 homens serão deslocados de outras delegacias e departamentos da cidade para reforçar a equipe encarregada das investigações da máfia da propina. Cinco deles, no entanto, serão retirados da própria Divisão de Capturas, chefiada pelo mesmo delegado Romeu Tuma Jr.
A decisão foi tomada um dia após o pedido de férias feito por Tuma Jr., um dos responsáveis pelo caso. Na quinta ele pediu para se afastar das investigações alegando que não tinha recursos para conduzi-las satisfatoriamente.
O pedido de férias foi negado pelo superior imediato de Tuma Jr., o delegado Eduardo Hallage, diretor do Dird (Departamento de Registros Diversos), que orientou o policial a procurar Desgualdo, caso quisesse insistir na idéia.
Tuma Jr. foi recebido pelo delegado-geral por três horas na mesma noite e deixou seu gabinete disposto a ficar no caso, desde que a equipe recebesse nos próximos dias reforço humano e material.
Dos 13 policiais, no entanto, apenas dois se apresentaram ontem. Os demais devem estar à disposição das apurações da máfia até a próxima terça-feira.
Com esses, serão 19 homens (incluindo Tuma Jr.) atuando nas investigações das irregularidades existentes nas administrações regionais da região central e da zonas sul e oeste de São Paulo, além de trabalhar nos inquéritos instaurados para apurar esquemas específicos, como é o caso do lixo. Tuma Jr. havia pedido 25 policiais, nenhum deles saindo da Capturas.
As investigações das administrações regionais das zonas norte e leste da cidade estão sob comando do delegado Naief Saad Neto, que não se manifestou sobre a necessidade de reforço à sua equipe.
Tuma Jr. vinha reclamando da falta de estrutura das investigações desde que deixou a Delegacia Seccional Sul, em 20 de fevereiro.
Na seccional ele tinha 25 homens nas investigações da máfia e podia dispor de carros de qualquer distrito da região sempre que precisasse fazer campana e diligência.
(SÍLVIA CORRÊA)




Texto Anterior: CPI já vê indícios suficientes e intima Viscome para depor
Próximo Texto: "Fantasma" deve depor 2ª
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.