São Paulo, domingo, 20 de abril de 1997.

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Câncer de mama mata mais mulheres com nível superior

da Reportagem Local

O câncer de mama, o tipo mais frequente entre as mulheres, atinge mais as classes sociais altas.
De acordo com Jorge Souen, chefe do setor de câncer ginecológico da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), o maior índice de mortalidade por câncer de mama entre as profissionais de nível superior pode estar relacionado a dois fatores.
A alimentação rica em gorduras, própria da classe social à qual pertencem essas profissionais, pode ser um fator que leva à doença.
A gravidez tardia, adiada pelos planos profissionais, também deixa de dar à mulher a proteção contra o câncer de mama proporcionada pela gravidez para a mulher que amamenta até os 25 anos.
Segundo João Sampaio Góes Júnior, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor clínico do IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer), como toda doença crônico-degenerativa, o câncer de mama também está relacionado à alimentação rica em gorduras e à vida sedentária.
A advogada trabalhista e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Gisleine Silva Geraldo, 38, como muitas mulheres que têm uma rotina profissional atribulada, se alimenta mal e teve de adiar os planos de gravidez.
Apesar dos compromissos e viagens de trabalho, ela faz periodicamente o auto-exame e vai ao ginecologista a cada seis meses.
Além de cuidar da própria saúde, Gisleine também procura levar informações sobre o tema para advogadas da comissão que preside.
A principal causa de morte entre executivos paulistanos são os problemas cardíacos causados principalmente pelo estresse. Imre Nagy, 51, diretor-presidente de uma empresa, sofreu infarto há dois anos. Ele modificou seus hábitos alimentares, parou de fumar e de tomar café. Hoje pratica esporte.

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