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MAURÍCIO PEREIRA (1950-2009)
O professor que animava a turma de engenharia de 76
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A cada cinco anos, a turma
de 1976 do curso de engenharia civil da USP de São Carlos
se reúne. Neste mês, o grupo
perdeu um de seus membros
mais carismáticos: o Pirulito.
Maurício Pereira ganhou o
apelido ainda na faculdade,
devido ao seu físico franzino.
Quando estudante, morava
no alojamento e comia no
chamado "bandejão".
Depois de formado em São
Carlos, deu aulas em Alfenas
e em Passos, ambas em Minas Gerais. Aposentou-se na
PUC de Campinas (SP), mas
ainda dava aulas em Sorocaba (SP).
Brincalhão e alegre, como
conta o amigo e professor José Carlos Cintra, Pirulito era
sempre aplaudido nas rodas.
Adorava cantar, contar piadas e declamar poesias.
Bomba em física
Na última reunião da turma, contou aos amigos como
um dia tomou bomba em física: do livro que lia, não entendia bulhufas nem conseguia sair das primeiras páginas. Motivo: o texto era em
espanhol. Tanto se esforçou
que acabou decorando apenas o prólogo, o que não foi
suficiente para aprová-lo.
Na terça-feira, dia 7, foi a
pé renovar a carteira de motorista. Ao atravessar o corredor de ônibus da av. João
Jorge, em Campinas, acabou
atropelado. Morreu sexta-feira, dia 10, aos 59 anos.
A Emdec -que administra
o trânsito na cidade- diz que
a via teve quatro mortes por
acidentes somente nos últimos três anos.
Pirulito deixa quatro filhas
- que teve com a ex-mulher,
Marta Ribeiro. A missa de sétimo dia foi anteontem, em
São Paulo.
A turma de 76 voltará a se
reunir no ano de 2011.
obituario@grupofolha.com.br
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