especial para a Folha

Não são apenas os bebês que ultrapassam as 40 semanas de gestação que correm o risco de entrar em sofrimento fetal. Muitas vezes, o processo pode acontecer antes desse prazo.
Segundo a obstetra Roberta Grabert, do Hospital Evaldo Foz, as mães que inspiram mais cuidados são as que desenvolvem doença hipertensiva (pressão alta) durante a gestação.
Esse é um problema que aparece a partir da 20¦ semana de gestação e que provoca um envelhecimento precoce da placenta. Como resultado, o bebê pode crescer menos e entrar em sofrimento fetal antes das 40 semanas.
Gestantes que são mais idosas, que fumam, que têm problemas cardíacos ou que ficam diabéticas na gravidez também podem ser obrigadas a induzir o parto ou fazer cesárea antes das 40 semanas.
Mesmo sem nenhum problema de saúde prévio, a gestante pode ter que interromper a gestação. É o que acontece, por exemplo, quando o cordão umbilical fica ``comprimido'' e o fluxo de sangue para o bebê cai abruptamente.
Roberta explica que o melhor sinalizador para a mãe é a interrupção ou diminuição dos movimentos do feto. A mulher que percebe que seu bebê parou de se mexer por dois períodos do dia deve procurar imediatamente o obstetra.
Roberta costuma recomendar, a partir da 39¦ semana de gestação, uma monitorização semanal do feto e, depois das 40 semanas, um controle a cada 48 horas. (JB).

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