|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BATALHA NA PAULISTA
Segundo comandante da Polícia Militar, "alguns jovens acabam exagerando na bebida e ficam valentes"
PM culpa jovens alcoolizados por conflito
LEONARDO FUHRMANN
DA FOLHA ONLINE
O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Rui César Melo, disse ontem que o confronto entre manifestantes e PMs
anteontem na avenida Paulista
ocorreu devido ao excesso de álcool ingerido por alguns jovens.
"Quando passei lá, vi várias latas de cerveja no chão. Alguns jovens acabam exagerando na bebida e ficam valentes, arrumando
confusão", afirmou.
Segundo o comandante da Polícia Militar, 310 policiais -do batalhão da região, da tropa de choque e do Corpo de Bombeiros-
estavam acompanhando o protesto, que seria pacífico.
Devido ao número de pessoas
no vão livre do Masp, a polícia liberou a pista sentido Brigadeiro-Consolação para os manifestantes, o que, na avaliação do batalhão de trânsito, não iria prejudicar muito o trânsito e o transporte
de doentes a hospitais da região.
Um grupo de pessoas, que o comandante acredita pertencer a associações estudantis e grupos de
punks, estaria jogando paus e pedras nos carros que passavam no
sentido Consolação-Brigadeiro,
invadindo as pistas desse sentido.
A tropa, que fazia um cordão de
isolamento na ilha central da avenida, foi atacada pelas costas, segundo o coronel. Os policiais que
faziam a retaguarda do cordão de
isolamento, responsáveis pelo
ataque de bombas de efeito moral, reagiu jogando as bombas.
"Entre o conflito físico e a contenção química, ao atacarmos essas bombas causamos menos ferimentos aos manifestantes", disse
o comandante. Passaram pelos
hospitais da região 21 pessoas que
teriam se ferido no confronto.
"Os únicos feridos com gravidade foram um professor, que ao
que parece teria tentado devolver
a bomba para a tropa, e o repórter-fotográfico Alex Silveira, do
"Agora São Paulo'", disse.
O fotógrafo foi atingido por
uma bala de borracha perto do
PM teme que confronto na Paulista prejudique imagem da tropa
Imagem
O comandante afirmou que está
preocupado com o prejuízo que o
conflito da Paulista possa trazer à
imagem da PM. Ele teme que o incidente prejudique projetos como
a polícia comunitária, que, segundo ele, depende muito da confiança da população no trabalho policial.
"Temos evitado ao máximo este
tipo de conflito, mas não podemos deixar de cumprir a nossa
função constitucional. É lógico
que este tipo de problema prejudica a imagem da Polícia Militar",
declarou o comandante.
"Não acho que tenha havido excessos, mas vamos apurar tudo
que aconteceu lá", disse.
Texto Anterior: Letras jurídicas - Walter Ceneviva: Globalização e teoria dos quanta na Febem Próximo Texto: Professor ferido em protesto já foi policial militar Índice
|