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OUTRO LADO
Advogados ainda tentam acesso ao inquérito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
Os advogados dos empresários Jaisler Jabour de Alvarenga
e Francisco Danúbio Honorato, dois dos alvos da Operação
Vampiro, tentavam até o final
da tarde de ontem ter acesso ao
inquérito, que está sob sigilo,
para definir qual procedimento
adotariam para tentar soltar os
acusados.
Segundo o advogado Rodrigues Prado, que representava
Honorato, o empresário não
participou da compra de derivados de sangue investigada
pela Polícia Federal. O advogado disse ainda que Honorato
prestava assessoria a empresas
que participavam de licitações
do governo.
"Ele não era réu, não estava
indiciado. A apuração é de
2003. Não sabemos o que aconteceu", afirmou Prado.
Já os advogados de Alvarenga
aguardavam para ter acesso
aos documentos.
A Folha tentou localizar os
advogados dos outros presos,
mas não conseguiu até o fechamento desta edição.
O vice-presidente do "Jornal
de Brasília", Lourenço Peixoto,
que estava foragido até o fechamento desta edição, também
não foi localizado. E não houve
resposta a recado deixado na
redação do "Jornal de Brasília".
No telefone da casa de Manoel Pereira Braga Neto, que
substitui Luiz Carlos Gomes da
Silva como coordenador-geral
de recursos logísticos do ministério, ninguém foi localizado.
A Polícia Federal não informou os nomes dos advogados
responsáveis pela defesa de
Marcelo Pupkin Pitta, Laerte
de Arruda Correa Júnior e Elias
Esperidião Abboadalla, todos
presos em São Paulo na manhã
de ontem.
José Serra, ministro da Saúde
durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, informou ontem, por sua assessoria,
que ainda está tentando entender a operação. Disse ainda que
considera ótimo que as investigações sejam feitas, que os possíveis culpados sejam punidos
e o dinheiro devolvido.
Gonzalo Vecina, secretário
municipal da Saúde de São
Paulo, disse, por meio de seus
assessores, que nada tem a declarar. Vecina presidiu a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, durante a gestão do ministro José Serra e
permaneceu à frente do órgão
até março do ano passado.
O cardiologista Adib Jatene,
ministro da Saúde nas gestões
de Fernando Collor e de Fernando Henrique Cardoso, passou a tarde e o início da noite
em cirurgia. Segundo sua secretária, Jatene possivelmente
comentaria os fatos hoje.
A Folha ligou para a casa do
empresário Armando Garcia
Coelho, preso no Rio, mas a
pessoa que atendeu, que não se
identificou, disse não saber
quem é seu advogado.
Até a conclusão desta edição,
a reportagem não havia conseguido falar com representantes
da casa de câmbio Dunes Non
Stop-Câmbio e Turismo.
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