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Prefeito de Presidente Venceslau
estuda ir à Justiça contra a medida
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Uma hora e meia depois do prazo dado pela Justiça para que as
operadoras bloqueassem o sinal
da telefonia celular em seis municípios onde estão instaladas penitenciárias, o sistema da Vivo funcionava normalmente em Presidente Venceslau (620 km a oeste
de São Paulo).
Na cidade há duas unidades prisionais. Uma delas, a penitenciária 2 Maurício Henrique Guimarães Pereira, recebeu, no dia 11,
765 presos do PCC.
Aparelhos da TIM e da Claro
não apresentavam sinal tanto ao
redor do presídio como no centro
-a cinco quilômetros.
Por isso, o prefeito de Presidente Venceslau, Angelo Malacrida
(PT), pediu a seu departamento
jurídico que estude medidas para
suspender o bloqueio. "A população não deve ser punida pela ineficácia do governo estadual."
Alguns já contabilizam prejuízos. "Acho que vou perder R$ 500
nesses 20 dias", disse Manoel Corrêa Lima, 57, caminhoneiro que
transporta mudanças e entulhos.
Em São Vicente, no litoral paulista (74 km a sudeste da capital), a
Folha testou celulares das operadoras Claro, Tim e Vivo e não
conseguiu fazer ligações dos aparelhos das duas primeiras.
Já as ligações realizadas pela Vivo estavam sendo feitas normalmente até as 16h. Depois desse horário, a reportagem não conseguiu telefonar.
O prefeito de São Vicente, Tércio Garcia (PSB), está a favor do
corte. "Toda vez que se toma um
remédio, há um efeito colateral.
Neste momento, é preciso tomar
medidas para garantir a própria
segurança da população."
Segundo a Vivo, o sinal em todas as localidades foi cortado antes das 13h. A empresa informou
que, depois desse horário, precisou fazer ajustes para garantir que
não houvesse comunicação nas
áreas determinadas.
O bloqueio aos celulares falhou
parcialmente nas penitenciárias 1
e 2 de Franco da Rocha (Grande
São Paulo) e em Araraquara, no
interior do Estado.
Em Franco da Rocha, ao menos
até as 17h de ontem, os aparelhos
da Claro faziam e recebiam chamadas em frente ao portão que dá
acesso ao complexo, apesar de o
sinal estar instável. Já os da Vivo e
da Tim não funcionavam.
Na Penitenciária de Araraquara, também houve falha no bloqueio. A Folha testou o sistema e
verificou que não é possível usar o
celular na frente do presídio, mas
o aparelho funciona bem na parte
de trás da penitenciária, na rodovia que liga Araraquara a Américo Brasiliense, a apenas 20 m dos
muros. Por outro lado, o sinal falha em locais a um quilômetro de
distância do presídio e em outros
pontos da cidade.
(MARIANA CAMPOS, FÁBIO TAKAHASHI, CRISTIANO MACHADO E LINCON MARTINS)
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