São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

NICOLA COLLOCA (1946-2010)

Os vinhos de Nico, um engenheiro italiano

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma garrafa do vinho de Nicola Colloca, segundo o próprio, valia R$ 200. O valor, no fundo, ele nunca cobrou, pois, como gostava de brincar, ninguém pagava mesmo. E a bebida acabava indo de graça para os amigos.
Nascido na Itália, onde colheu azeitonas quando pequeno para ajudar a família, ele chegou ao Brasil aos sete, com os pais, comerciantes.
A família era pobre, e Nicola, com cerca de 12 anos, foi vender doces na praça da Sé.
Rapaz esforçado, como o descreve a mulher, Corina, ele conseguiu se formar em engenharia na FEI, em São Bernardo do Campo.
Logo entrou para a Companhia Telefônica, como técnico, e aos poucos foi subindo de cargo, até chegar a chefe de departamento. Aposentou-se aos 55 anos, mas continuou trabalhando no ramo.
Pouco antes, aos 42, Nico -também era conhecido como Baixinho- sofreu um infarto, e os médicos nunca acreditaram que ele fosse viver muito mais tempo.
Mas ele nunca parou. Depois da aposentadoria, continuou numa prestadora de serviços na área de telecomunicações até o fim da vida.
Era brincalhão e adorava reunir os amigos de pescaria, do trabalho, ou os ex-colegas da faculdade. Levava o pessoal para ajudar a amassar a uva ou a engarrafar o vinho.
Na quinta, morreu aos 64, do coração. Deixa viúva, cinco filhos e neta. A missa de sétimo dia será amanhã, às 19h30, na paróquia São Francisco de Assis, SP.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Pauliceia, na Paulista, vira patrimônio de SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.