São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 2006

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INVESTIGAÇÃO

Justiça adia decisão sobre prisão do ex-secretário Tatto

DO "AGORA"

A juíza da 2ª Vara Criminal de Santo André (ABC), Aparecida Angélica Correia Nagao, remeteu ao Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais) da capital o pedido de prisão preventiva do ex-secretário municipal de Transportes Jilmar Tatto.
O petista -terceiro vice-presidente nacional do partido- e sete pessoas são acusados pela Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de Santo André de participar da redistribuição de perueiros clandestinos, ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), em uma cooperativa que venceu a licitação de 2003 para operar em parte da zona sul.
Para a polícia, Tatto foi o responsável por realocar perueiros da Transmetro (extinta pela prefeitura em 2003 sob a suspeita de favorecer o crime organizado) na garagem 2 da Cooper-Pan, uma das cooperativas que venceram a concorrência.
A Justiça de Santo André considera que delitos envolvendo perueiros de São Paulo não devem ser apurados no ABC. Portanto, os pedidos de prisão devem ser analisados pelo Dipo, a quem cabe decidir em qual setor policial -Ministério Público ou Polícia Civil- deve ser dada a continuidade, se for o caso, do inquérito de Santo André.
Segundo a juíza, a Dise vai apurar apenas o objeto inicial do inquérito: uma tentativa de resgate frustrada na cadeia pública da cidade. Para a polícia, a ação foi financiada pela garagem 2 da Cooper-Pan e visava libertar um seqüestrador ligado ao PCC.
Em nota, Tatto disse ontem que "lamenta a postura policial" e suspeita de cunho político nas investigações.


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