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Dois dias após o acidente, Fokker-100 da TAM aborta pouso em Congonhas
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois dias após o Airbus-A320
da TAM sair da pista principal
de Congonhas e colidir contra
imóveis, outra aeronave da
companhia aérea, um Fokker-100, foi flagrada ontem de manhã abortando o pouso no aeroporto de São Paulo.
A arremetida é uma das hipóteses do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) para explicar o acidente com o Airbus.
A suspeita é que o avião não desenvolveu velocidade suficiente para decolar novamente.
O jato estava com o trem de
pouso acionado, mas arremeteu ainda no ar. Cinco minutos
depois, desceu na pista auxiliar.
A TAM divulgou nota afirmando que "o procedimento de arremetida consiste em manobra
prevista na aviação comercial,
sendo realizada por motivo de
segurança sempre que o piloto
julgar esta ação necessária".
O Fokker havia partido às
6h30 de Maringá (PR) com 44
passageiros. Eles contaram que
o piloto os avisou que arremeteria "porque não tinha ângulo
necessário para pousar".
Para especialistas, a operação é "normal". "Acontece todo
o dia no mundo inteiro", disse o
piloto e engenheiro James Waterhouse, professor de engenharia da USP. "Arremeter é
mais do que comum, é recomendável", diz Pedro Goldenstein, piloto há 26 anos.
Entre os motivos para um
avião arremeter, estão: velocidade alta e altura (onde toca na
pista). A decisão pode partir da
torre de controle ou do piloto.
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