São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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Polícia tenta mapear ação de quadrilhas especializadas

Ataques a caixas revelam dinâmica dos criminosos

DE SÃO PAULO

Para o chefe da Polícia Civil paulista, o delegado Marcos Carneiro Lima, os pelo menos 500 caixas eletrônicos atacados neste ano são resultado de uma mudança da maneira de agir das quadrilhas. Também são reflexo da pulverização das máquinas em locais onde antes não existia o recurso bancário, como postos de gasolina e supermercados.
"Antes, as quadrilhas buscavam dinheiro nos cofres dos bancos, mas uma série de medidas de segurança fez com que os valores guardados diminuíssem. Enquanto isso, os valores nos caixas eletrônicos, agora espalhados por lugares mais periféricos, aumentaram bastante."
Na análise de Lima, que se baseia nas investigações do Dipol (departamento de inteligência), órgão da Polícia Civil responsável hoje por rastrear os crimes contra caixas eletrônicos no Estado, as quadrilhas são especializadas e recebem informações privilegiadas sobre a segurança dos locais onde os equipamentos estão instalados e também sobre quanto dinheiro há em cada um.
"São quadrilhas ousadas e organizadas, que não se preocupam com a segurança de ninguém ao usar explosivos para abrir os caixas. O ladrão não está preocupado com nada além de obter lucro", afirma o delegado.
Ainda segundo ele, as polícias têm direcionado operações para tentar evitar os ataques a partir do mapeamento do Dipol sobre dias da semana (a maior parte ocorre no sábado e no domingo), os horários (madrugada) e locais (capital e Grande São Paulo).
"Esse crime é difícil de ser investigado e exige um pouco mais de tempo e do uso da inteligência policial para produzir provas contra os ladrões. Eles sempre usam capuzes ou capacetes para que imagens de câmeras de segurança não possam servir para identificá-los. Vamos fazer novas prisões de envolvidos nesses crimes em breve", diz.
(ANDRÉ CARAMANTE)

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