São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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CARLOS MAURICIO SLIVSKIN (1952-2011)

Maestro que animou 6.000 festas

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Filho de músicos, o argentino Carlos Mauricio Slivskin descobriu logo cedo que tinha herdado o mesmo talento dos pais: aos oito anos, cantou em uma ópera no teatro Colón, em Buenos Aires.
A fama acabou chegando ao Brasil. De família judaica, foi convidado por um rabino para cantar na sinagoga do Bom Retiro, centro de São Paulo, quando tinha 22 anos. Gostou tanto do país que não voltou para a terra natal.
Aqui deu aulas de música no colégio Renascença e na escola do clube A Hebraica. Especializado em canto lírico, foi regente de vários musicais, como "Um Violinista no Telhado", e óperas -apresentou-se até na Itália. Por causa disso, era conhecido como maestro Carlos.
Gravou mais de 20 CDs e compôs dezenas de músicas -algumas não gravadas. Tinha também uma banda, com a qual animou, segundo o filho, Eduardo, mais de 6.000 eventos, entre casamentos judaicos, bar e bat-mitzvá e festas na Hebraica.
Foi no clube, aliás, que conheceu sua primeira mulher, Diana, com quem se casou em 1976. Tiveram dois filhos: Gabriela e Eduardo.
Separou-se após 25 anos, casando-se novamente em 2005 com Sabrina, também musicista, com quem gravou o disco "Shalon".
Tornou-se pai novamente em janeiro, quando nasceram as gêmeas Emilly e Melody.
Três meses depois, ficou em coma após sofrer um acidente vascular cerebral. Mesmo debilitado, em junho conseguiu fazer sua última apresentação: cantou no casamento do filho.
Morreu no domingo, aos 59, após parada cardíaca.

coluna.obituario@uol.com.br


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