ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

Três municípios do Rio Grande do Sul estão em situação de emergência em decorrência das fortes chuvas que atingem o Estado desde quarta-feira passada. Em Porto Alegre, um temporal na manhã de ontem provocou alagamentos e falta de energia.
A Defesa Civil Estadual estima que pelo menos 670 famílias -algo em torno de 3.300 pessoas- tenham ficado desabrigadas em Cacequi, Santa Maria e Alegrete, resultado de alagamentos e fortes vendavais, especialmente nas zonas urbanas. Os prejuízos ainda não foram contabilizados.
A instabilidade climática foi provocada pelo encontro de uma massa de ar polar com uma frente fria deslocada da região Sudeste para o Estado. As chuvas diminuíram à tarde, depois de provocar problemas nos vales do rio Pardo e Taguari.
Segundo as previsões meteorológicas, essa massa de ar seco e frio deverá se manter no final de semana, deixando o tempo seco, com sol entre nuvens. As temperaturas devem cair, especialmente na madrugada de sábado, podendo ocorrer geadas no interior.
A inversão da massa de ar já havia provocado geada em Coronel Bicado, também em situação de emergência, na última semana. Para a Defesa Civil, as perdas na agricultura podem chegar a 60% nas plantações de trigo e 30% nas culturas de aveia preta e branca.

Energia
Mais de 120 mil consumidores tiveram problemas com o fornecimento de energia na manhã de ontem. O problema foi mais acentuado foi em Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Farroupilha, na serra gaúcha, depois que o temporal da manhã de ontem derrubou postes e linhas de transmissão, desligando 28 alimentadores.
Segundo as assessorias de imprensa da AES-Sul (Distribuidora Gaúcha de Energia S.A.) e CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), na tarde de ontem, os problemas se restringiam a pontos isolados e equipes técnicas trabalhavam para resolver as falhas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o tráfego foi prejudicado em trechos da BR-116 (em São Marcos), da RS-030 (Santo Antônio da Patrulha). RS-122 (entre São Vendelino e Farroupilha).
O prefeito de Canela, José Vellinho Pinto (PDT), disse que decretaria estado de calamidade pública depois que o pavimento da escola Adolfo Seibt desabou sobre o primeiro piso. "O vendaval destelhou várias casas vizinhas."
O colégio informou que 320 alunos assistiam às aulas na hora do desabamento, mas apenas um sofreu ferimentos leves.


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