|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEGURANÇA
Em uma semana de instalação, número de ocorrências permanece o mesmo; para comandante, "ainda é cedo para análise"
15 guaritas não diminuem crime na Paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
Os índices de criminalidade da
avenida Paulista não se alteraram
após uma semana de funcionamento das 15 guaritas da Polícia
Militar colocadas nos principais
cruzamentos da região na quinta-feira da semana passada.
Entre os dias 6 e 10 deste mês,
quando as cabines ainda não estavam instaladas, a polícia registrou
seis ocorrências. Entre 13 e 17, já
com as guaritas, foram registradas cinco ocorrências. Os dois períodos comparados são correspondentes: cinco dias entre uma
sexta e uma terça-feira.
Das cinco ocorrências registradas após a colocação das cabines,
apenas uma foi atendida por policiais das guaritas -uma tentativa
de roubo em cruzamento. Das
outras quatro, a mais grave foi o
furto de uma moto no dia 13.
Para o tenente-coronel Ararigbóia Delecródio, comandante do
34º Batalhão da PM e responsável
pelas cabines, ainda é cedo para
qualquer análise. "É preciso esperar pelo menos um mês."
O tenente-coronel Noel Miranda de Castro, comandante interino do Comando de Policiamento
de Área Metropolitano 1, no centro, disse que os policiais que faziam o patrulhamento da avenida
antes da instalação das cabines
agora podem cuidar das ruas
transversais e paralelas da Paulista com mais eficiência. "Mas ainda é cedo para um levantamento."
Paulo de Mesquita Neto, secretário executivo do Instituto São
Paulo Contra a Violência, disse
não acreditar que as guaritas vão
provocar grandes mudanças nos
índices de criminalidade. Segundo ele, a principal função delas é
passar sensação de segurança.
Mesquita Neto disse que elas
podem gerar protestos de moradores de outras regiões da cidade
que querem cabines nos bairros.
José Peres Netto, pesquisador
de segurança pública do Instituto
Fernand Braudel, disse que elas
aumentam a visibilidade dos policiais, mas que é preciso saber de
que lugares da cidade são retirados os PMs que as ocupam.
Segundo Delecródio, eles pertencem ao 34º Batalhão, criado
em janeiro para atender a região
da Paulista. O batalhão conta
atualmente com 133 policiais,
deslocados de outras companhias
da capital paulista. "No máximo,
um ou dois policiais de cada."
As guaritas fazem parte do programa de segurança da ONG Associação Paulista Viva e contam com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo.
Elas funcionam de segunda a sexta das 7h às 21h e aos sábados das
8h às 15h. Até o final do mês, devem ser colocadas mais 15 cabines. O projeto prevê um total de 150 em todo o centro expandido.
(DAGUITO RODRIGUES)
Texto Anterior: Caso Beira-Mar: PF investiga suposto esquema de compra de bens para lavagem de dinheiro Próximo Texto: Marta inaugura base comunitária da Guarda Civil na praça da República Índice
|