São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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JUDICIÁRIO

Tribunal de Justiça de SP testa equipamento para interrogar presos à distância
O Fórum da Barra Funda, em São Paulo, começou ontem a testar um aparelho de videoconferência para interrogar presos à distância, sem tirá-los da cadeia.
Da 30ª Vara, na zona oeste, o juiz Adílson de Araújo fez duas audiências com detentos do Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste: um foi interrogado e outro acompanhou o depoimento de testemunhas de acusação.
O Tribunal de Justiça quer avaliar a eficácia do equipamento, usado pela primeira vez no Estado em 96, em Campinas, em audiência do juiz Edison Aparecido Brandão. A comunicação é feita por TVs e câmeras, ligadas por cabos de fibra ótica.
Com isso a polícia deixa de fazer escoltas. Por semana, a polícia faz 7.171 escoltas no Estado, desviando do patrulhamento cerca de 4.800 policiais e 1.700 carros, segundo estimativa da Secretaria da Segurança Pública.
O equipamento testado ontem custou cerca de R$ 50 mil, segundo o TJ. Não há prazo definido para o fim dos testes.
A Associação dos Advogados de São Paulo e o IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) afirmam ser contra a videoconferência, que, segundo eles, não permite o contato direto do acusado com o juiz. Para Roberto Podval, presidente do IBCCrim, esse depoimento poderia ser oferecido ao preso como opção, não como obrigação. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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