DO "AGORA"

O sistema Cantareira -maior reservatório de água do Estado- operava ontem com apenas 14,2% de sua capacidade. É um dos mais baixos índices já registrados desde 1983, quando o conjunto de represas ganhou o formato atual.
A seca já havia atingido esse ponto em outubro de 2001, mas, na ocasião, choveu em seguida, o que reverteu o quadro. Agora, não há previsão de chuvas.
A escassez de chuvas é um dos motivos da seca. O outro é o consumo elevado de água.
Nos últimos seis dias, o sistema Cantareira apresentou um ritmo de esvaziamento de 0,2 ponto percentual ao dia. Mantida essa velocidade, o recorde deve ser superado na semana que vem. Há um ano -em 19 de setembro de 2002-, o Cantareira operava com 40,5% de sua capacidade. Em julho, tinha 35,1%.
O Cantareira -responsável por 51% do abastecimento da Grande São Paulo- apresenta a pior situação na comparação entre os seis principais reservatórios da região metropolitana.
No sistema Cantareira é possível captar água até o esvaziamento quase total. A Sabesp, porém, já admite que o rodízio no abastecimento pode ocorrer caso não chova -dentro da média histórica- até o mês que vem.
No total, 9 milhões de pessoas são abastecidas pelo sistema Cantareira.


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