|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Como cidadão", ministro defende a proibição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos, fez ontem um
apelo à população para, no referendo do próximo domingo, votar "sim", em favor da proibição
do comércio de armas no país.
"Peço a todos os cidadãos que
queiram construir uma cultura de
paz no Brasil que votem "sim'",
disse Bastos em entrevista à imprensa, logo após participar da
abertura do 3º Encontro Nacional
de Dirigentes de Recursos Humanos, evento promovido pelo Ministério do Planejamento e voltado para uma platéia de cerca de
200 servidores públicos.
O ministro fez questão de repetir, em diferentes ocasiões, que falava como cidadão, não em nome
do governo. Ao defender a posição, Bastos fez referência à redução de 3.000 mortes no número
de homicídios por arma de fogo
depois de iniciada a campanha de
entrega de armas e disse que o objetivo do desarmamento não é tirar arma da mão de bandido, atribuição que cabe às polícias.
"O que a proibição da venda de
armas visa é diminuir o homicídio do menino, que pega o revólver do pai e vai para a escola, vai
experimentar o revólver e mata o
outro. É do marido que tem uma
discussão com a mulher, a briga
das torcidas, a briga no trânsito
-porque, se você estivesse desarmado, você xingaria o outro e iria
embora, [mas] como você está
com um revolver, você tira o revólver e mata o outro."
Bastos disse que o "sim" no referendo irá "ajudar a construir
uma cultura de paz que nos permita viver em um Brasil seguro".
O ministro prometeu concluir
em 15 dias, depois do referendo, a
regulamentação de pontos ainda
pendentes do Estatuto do Desarmamento. O mais polêmico é sobre a venda de munição: quanto e
para quem poderá ser vendida e
sob que condições.
Texto Anterior: Prefeito do Rio muda e faz campanha pelo "não" Próximo Texto: Referendo: Dia da votação não será feriado nacional Índice
|