São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2005

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"Como cidadão", ministro defende a proibição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, fez ontem um apelo à população para, no referendo do próximo domingo, votar "sim", em favor da proibição do comércio de armas no país.
"Peço a todos os cidadãos que queiram construir uma cultura de paz no Brasil que votem "sim'", disse Bastos em entrevista à imprensa, logo após participar da abertura do 3º Encontro Nacional de Dirigentes de Recursos Humanos, evento promovido pelo Ministério do Planejamento e voltado para uma platéia de cerca de 200 servidores públicos.
O ministro fez questão de repetir, em diferentes ocasiões, que falava como cidadão, não em nome do governo. Ao defender a posição, Bastos fez referência à redução de 3.000 mortes no número de homicídios por arma de fogo depois de iniciada a campanha de entrega de armas e disse que o objetivo do desarmamento não é tirar arma da mão de bandido, atribuição que cabe às polícias.
"O que a proibição da venda de armas visa é diminuir o homicídio do menino, que pega o revólver do pai e vai para a escola, vai experimentar o revólver e mata o outro. É do marido que tem uma discussão com a mulher, a briga das torcidas, a briga no trânsito -porque, se você estivesse desarmado, você xingaria o outro e iria embora, [mas] como você está com um revolver, você tira o revólver e mata o outro."
Bastos disse que o "sim" no referendo irá "ajudar a construir uma cultura de paz que nos permita viver em um Brasil seguro".
O ministro prometeu concluir em 15 dias, depois do referendo, a regulamentação de pontos ainda pendentes do Estatuto do Desarmamento. O mais polêmico é sobre a venda de munição: quanto e para quem poderá ser vendida e sob que condições.


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