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Prefeitura proíbe jet ski em parque na av. Paulista
Usuário também não pode pular de píer, mas área não tem lago nem rio
Secretaria do Verde e do Meio Ambiente diz que falha no texto com as normas do parque Mario Covas será corrigida
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atenção, usuários do parque Mario Covas: está proibido navegar com jet ski ou a
velocidades superiores a cinco nós (9 km/h), pular do
píer, usar colchões infláveis
ou pneus dentro da água ou
nadar com trajes impróprios.
Isso se alguém encontrar
área para banho no parque
de 5.396 m2 -o equivalente a
pouco mais de meio campo
de futebol como o do Maracanã-, que ocupa um quarteirão da avenida Paulista. Os
únicos indícios de água ali são banheiros e bebedouros.
As normas foram publicadas no "Diário Oficial" no dia
30, com regras de mais seis
parques -entre eles três na
represa Guarapiranga, onde
há condições para esportes
náuticos, e o parque Trianon.
PROIBIDO E LIBERADO
Com área de 48 mil m2 e
também na avenida Paulista,
o parque Trianon não tem
restrições ao uso de embarcações, mas proíbe o uso de bicicletas, patins e skates.
Há vetos comuns nos parques, como deitar nos bancos, tocar instrumentos musicais ou empinar pipas.
"Então não é mais um parque", reclamou o estudante
Pier Marchi, 21, deitado em um banco no Trianon ontem.
Também é proibido usar
trajes ou ter atitudes "atentatórias à moral e aos bons costumes". "E o que é atentar à
moral? Cada um tem sua definição", disse o segurança
Henrique Damaceno, também deitado em um banco.
Parques estaduais, como
Villa-Lobos e Água Branca,
também adotam a regra.
Um dos vigilantes do Trianon, que preferiu não se
identificar, disse que não
barra pessoas com short curto ou homens sem camisa,
que lotam o parque em dias
quentes, embora proíba sungas e biquínis -vistos nos
gramados do Ibirapuera.
Também deixa em paz as
rodinhas de violão, se o som
não estiver muito alto. E diz que só interrompe namorados "se estiverem sentados um sobre o outro".
Ele adverte, em média, 15
pessoas por dia, principalmente deitadas nos bancos,
com mais de dez anos usando brinquedos do parquinho, deixando o cachorro invadir canteiros. Quando se
recusam a obedecer, retira
uma cópia do "Diário Oficial"
do bolso para mostrar ao infrator -em casos de rebeldia,
aciona a administração.
A Secretaria do Verde e do
Meio Ambiente disse que a
cláusula sobre trajes e atitudes consta do regulamento
de todos os parques municipais e "visa o impedimento
de atos obscenos".
Disse também que há um
regulamento padrão, que
muda de acordo com o perfil
do parque, mas houve uma
falha no caso do parque Mario Covas e que os itens sobre
navegação e natação serão
retirados.
Colaborou RAPHAEL MARCHIORI
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