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SEGURANÇA
Objetivo é reforçar atuação da polícia nas divisas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo
PF vai treinar tropa para agir no Sudeste
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando
Corrêa, disse ontem que pretende
treinar uma unidade de elite formada por policiais de São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo para atuar nas áreas
de divisa entre os Estados. O Comando de Operações Táticas da
Polícia Federal vai fornecer a
"doutrina operacional".
"Utilizando as forças dos Estados, pretendemos uniformizar a
doutrina operacional e tática do
grupo", disse o secretário.
Com a unidade, o governo espera ganhar mais "mobilidade" nas
ações contra o crime. Por isso,
tem importância o uso do COT,
divisão de elite da PF, cuja experiência vai de confronto com manifestantes a operações especiais
de repressão ao narcotráfico.
"Havendo demanda com reflexo nos Estados, a Polícia Federal
empresta a capacidade", afirmou.
A unidade estará a serviço do
recém-criado Gabinete de Gestão
Integrada do Sudeste. A idéia é
promover o intercâmbio de informações entre as forças policiais
dos quatro Estados.
"O COT não sabe mais que os
outros. Todos têm suas capacidades específicas, vamos juntá-las",
disse Corrêa.
Ainda não há, porém, a definição de alguma prioridade para o
trabalho, como combate ao tráfico de drogas ou de armas. "Essa
capacidade de operação tem de
haver independentemente do tipo de delito sob investigação."
Segundo Corrêa, o trabalho do
gabinete será feito em duas linhas:
inteligência e "operação".
Na área de inteligência policial,
as polícias Federal, Civil e Militar
dos Estados devem compartilhar
todas as informações disponíveis
sobre quadrilhas que atuam na
região. Por exemplo, se houver
um grupo especializado em roubo a bancos, as polícias informam
placas de carros roubados, eventuais retratos falados e nomes de
suspeitos.
Na esfera "operacional", o objetivo de Corrêa, que coordena o
GGI, é reunir o que de melhor sabem fazer os grupos de elite dos
Estados. Seguindo o exemplo citado pelo secretário, o Batalhão de
Operações Especiais, da PM fluminense, daria a experiência em
infiltração de favelas.
O treinamento dessa unidade
de elite vai ser feito na sede da PF
do Rio. Segundo Corrêa, há recursos e espaço físico provenientes
da missão especial criada no Estado. Ainda não há data definida
para o início da formação dos policiais, o que deve acontecer nas
próximas semanas.
"O gabinete ganhou uma força
grande, dada a força política que
recebeu. Vamos imprimir mais
velocidade agora. Ninguém vai
reinventar a roda", disse.
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