|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUSTIÇA
No total, 30 pessoas serão denunciadas hoje por suposto esquema que mantinha máquinas em funcionamento no Vale do Paraíba
Mais 19 policiais são ligados a jogo ilegal
MAURÍCIO EIRÓS
DAS REGIONAIS, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Procuradoria Geral de Justiça
de São Paulo encaminha hoje 57
novos inquéritos envolvendo cerca de 30 pessoas em um suposto
esquema de máquinas caça-níqueis em São José dos Campos (91
km de São Paulo) e Taubaté (130
km) para os juízes da 1ª Vara Criminal das duas cidades.
Entre elas estão um delegado de
polícia e um delegado da Polícia
Federal de São Paulo, quatro delegados -a cidade não foi especificada-, dez policiais civis de São
José e três de Taubaté.
No último dia 3, já haviam sido
denunciados pelo Ministério Público nove investigadores de São
José e Taubaté e dois delegados de
São José dos Campos -o assistente da seccional do município,
Antônio Agnaldo Fracaroli, e o titular do 5º DP, Sérgio Lisboa.
Os policiais foram denunciados
por participarem de um suposto
esquema para manter em funcionamento máquinas caça-níqueis
na região do Vale do Paraíba. Eles
são acusados de formação de quadrilha, prevaricação e corrupção.
De acordo com o delegado seccional de São José dos Campos,
Roberto Monteiro de Andrade Júnior, não deverá haver novas
emissões de licenças-prêmios para os policiais envolvidos no caso.
"Na primeira denúncia, o que
aconteceu foi um fato peculiar",
analisou o delegado ontem.
"A medida [a emissão de licenças-prêmios] foi tomada visando
dar maior transparência às investigações e para que a imagem da
polícia não ficasse maculada."
Andrade Júnior afirmou que, caso sejam feitos novos pedidos de
licença, eles serão negados.
Segundo o Ministério Público,
após a análise das denúncias, os
juízes deverão intimar os acusados para que façam suas defesas
preliminares e decretar a prisão
preventiva dos envolvidos durante todo o processo. A Promotoria
recomenda que a investigação seja feita pela Corregedoria da Polícia Civil em São Paulo para evitar
que o corregedor regional sofra
constrangimento em apurar supostas irregularidades.
Para chegar aos envolvidos, o
Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) do Vale do Paraíba investigava o caso havia um ano. Segundo a Promotoria, só em São José
dos Campos, a quadrilha arrecadava cerca de R$ 600 mil por mês.
Texto Anterior: Crime organizado: Secretário diz que polícia agiu para prevenir ataques Próximo Texto: Panorâmica - Crime: 7 são presos por integrar máfia do transporte Índice
|