São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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Pintura em fachadas faz Morro do Querosene, em SP, virar museu a céu aberto

MATHEUS MAGENTA
COLABORAÇÃO PARA FOLHA

Fachadas de casas, calçadas e postes viraram mais de 80 telas de uma exposição permanente nas ruas do Morro do Querosene, no Butantã (zona oeste de SP).
O trabalho, desenvolvido desde julho, conta com a participação de 22 artistas locais e convidados, entre grafiteiros, artistas plásticos, escultores e poetas.
O tema das pinturas varia de acordo com a negociação entre o artista e o morador. São poemas, colagens, bairros nordestinos, praias, pescadores e festas populares.
"Não é uma invasão, é uma intervenção. Tem morador que quer um orixá, outro que quer uma santa", explica o artista plástico pernambucano D'Ollynda Brasil, um dos organizadores do projeto.
Calçado com um sapato de couro branco, agora colorido pelos respingos de tinta, ele adotou esse nome devido à sua cidade natal, Olinda (PE), mas disse que, "se for para cobrar ou pagar, pode chamar de Jorge Luiz".
Atualmente, 15 casas estão na fila de espera das pinturas. O prazo final para a realização das obras é março de 2009. A data coincide com o prazo estimado para lançar um catálogo com fotos e iniciar a venda de postais.
Coordenador do projeto ao lado de D'Ollynda e do artista plástico Raulzito, João Meirelles trabalhava na ONG Treme Terra quando a idéia surgiu, em 2007, como uma oficina de rua com as crianças. Na época, a fachada da ONG foi pintada.
Segundo ele, o projeto é financiado pelos próprios moradores, com o pagamento em dinheiro ou em almoço e tintas. Camisas com fotos também são vendidas no bairro e pela internet.


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