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Pintura em fachadas faz Morro do Querosene, em SP, virar museu a céu aberto
MATHEUS MAGENTA
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Fachadas de casas, calçadas e postes viraram mais de
80 telas de uma exposição
permanente nas ruas do
Morro do Querosene, no Butantã (zona oeste de SP).
O trabalho, desenvolvido
desde julho, conta com a participação de 22 artistas locais e convidados, entre grafiteiros, artistas plásticos, escultores e poetas.
O tema das pinturas varia
de acordo com a negociação
entre o artista e o morador.
São poemas, colagens, bairros nordestinos, praias, pescadores e festas populares.
"Não é uma invasão, é uma
intervenção. Tem morador
que quer um orixá, outro que
quer uma santa", explica o
artista plástico pernambucano D'Ollynda Brasil, um dos
organizadores do projeto.
Calçado com um sapato de
couro branco, agora colorido
pelos respingos de tinta, ele
adotou esse nome devido à
sua cidade natal, Olinda
(PE), mas disse que, "se for
para cobrar ou pagar, pode
chamar de Jorge Luiz".
Atualmente, 15 casas estão
na fila de espera das pinturas. O prazo final para a realização das obras é março de
2009. A data coincide com o
prazo estimado para lançar
um catálogo com fotos e iniciar a venda de postais.
Coordenador do projeto
ao lado de D'Ollynda e do artista plástico Raulzito, João
Meirelles trabalhava na
ONG Treme Terra quando a
idéia surgiu, em 2007, como
uma oficina de rua com as
crianças. Na época, a fachada
da ONG foi pintada.
Segundo ele, o projeto é financiado pelos próprios moradores, com o pagamento
em dinheiro ou em almoço e
tintas. Camisas com fotos
também são vendidas no
bairro e pela internet.
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