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São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2003

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Entidade paga 40% dos salários dos funcionários

DA SUCURSAL DO RIO

A FAF (Fundação Ary Frauzino) foi fundada em 1991 por um grupo liderado por Marcos Moraes, então diretor-geral do Inca. A fundação ganhou importância na medida em que o instituto via seu quadro de funcionários diminuir por causa da falta de concursos públicos.
Hoje, 40% dos funcionários do Inca são pagos diretamente pela FAF, e 21% dos recursos necessários à execução orçamentária do instituto vêm da entidade. Além disso, 467 dos cerca de 1.800 servidores do Inca recebem complementação de salário paga pela fundação.
Muitos dos médicos do instituto consideram a fundação vital para o funcionamento do Inca. Por ser uma entidade privada, a FAF tem mais agilidade para fazer compras emergenciais e pode assinar contratos com menos burocracia.
Os médicos afirmam que a fundação permite que os salários sejam equiparados aos da iniciativa privada, o que faria com que quadros de excelência continuassem no instituto. Já críticos da FAF dizem que ela tem muito poder e autonomia.
Marcos Moraes é presidente do conselho de curadores da fundação desde 1991 e só pode ser destituído pelos outros dez conselheiros. Sem limite para recondução, Moraes pode ficar de forma vitalícia no cargo.
Dos conselheiros, um é escolhido por funcionários e outro é o diretor-geral do Inca. Os demais membros são escolhidos pelos atuais conselheiros, o que dificulta a renovação, na opinião de seus críticos.


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