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Verão que já foi da lata promete ser do peitoril
BARBARA GANCIA
Colunista da Folha
Alô, nação bororó! Não sou nenhuma Vitória de Samotrácea,
mas, há mais de 20 anos, pratico o
nudismo. Com toda a tranquilidade e em variados pontos do planeta: do sul da França à Grécia,
passando até pelos quadrados
EUA, sem nunca ter sido incomodada por quem quer que seja.
Creio que as únicas praias que
minhas "pepônias" (melões, em
grego) não tenham contemplado
a olhos nus são aquelas que mais
frequento: as do litoral "brazuca".
Aliás, minto. No final dos anos
80, tirei, na moita e com todo -o
leitor que me desculpe o trocadilho- "respeito", a parte de cima
do maiô, em barra do Sahy, no litoral norte, um lugar supostamente frequentado por gente com
certo nível de escolaridade.
Pois não é que um rapaz de cerca de 30 anos, acompanhado dos
filhos e de uma mulher que espumava pela boca, interrompeu minha leitura para dizer que aquilo
era uma praia "de família"?
Só pode ser de família mal pensante, não é mesmo? Porque gente
de bem não cisma com "aquilo"
assim que vê um par de seios. Ou
será que esse senhor não levaria a
mulher ao Louvre, só porque a
Vênus de Milo, além de não ter
braços, não usa sutiã?
O verão já foi da lata e, este ano,
promete ser do peitoril. Que alento, não, meninas? Eu sei. Podemos
nem chegar até a praia, por conta
dos trombadinhas na estrada e
dos deslizamentos de barreiras.
Mas, se a amiga leitora conseguir
colocar os pezinhos na areia, experimente a gloriosa e inédita
sensação de liberdade.
Eu garanto que daí a uns dez
minutos, ninguém, nem mesmo
você, estará mais prestando atenção na falta daquela amarra que
não condiz com mar, vento e sol.
Só não deixe de caprichar no filtro solar. Afinal, seu peitoril é como aquele inglês que fica com insolação ao primeiro contato com
o sol dos trópicos: um novato no
esporte.
E a minha tresloucada amiga
Bucicleide, que foi comigo para a
Grécia e deu de cara com o tarado
mais infortunado do mundo? Eu
explico: Buci, digo Cleide, e eu estávamos lá deitadas na praia de
Super Paradise, quando vimos
um gabiru de 1,5 m nadando para
lá e para cá, aflitíssimo, na nossa
frente. Ele foi e veio até que Buci
perdeu a paciência e levantou, peladona, colocou as mãos na cintura e começou a berrar, em português, e a fazer gestos que claramente indicavam que ela queria
conferir o tamanho do bimbo do
dito cujo. Buci fez um tamanho
escarcéu, que o pobre greguinho
saiu da água e deu no pé. Era ou
não o tarado mais sem sorte do
planeta?
QUALQUER NOTA
Pitta dá uma dentro
Existe sambódromo para quê,
não é mesmo? O advogado Eduardo Ribas Machado e o presidente
da Sociedade de Amigos do Itaim,
Marco Antonio Castello Branco,
conseguiram comover o prefeito
Pitta: este ano não vai ter "Pholia
na Faria". E ainda existe bisão que
não entende a importância das sociedades de amigos de bairro.
Líder do PFL é contra
Alô, Inocêncio de Oliveira!
Quando o senhor vai entender
que o projeto do deputado Cunha
Bueno, que responsabiliza criminalmente donos de cães por violências cometidas pelos animais, é
irretocável e conta com o aval, entre outros, do Kennel clube?
Vai sobrar para nós
São Vicente tem bala para bancar festa de R$ 7 milhões?
E-mail barbara@uol.com.br
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