|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Animais agonizam no mangue
da Sucursal do Rio
A fauna dos manguezais de Magé, região mais prejudicada pelo
desastre ambiental causado pela
Petrobrás, agonizava ontem sob a
mancha de óleo.
A cena mais comum é encontrar pássaros típicos do mangue
-como socós, patos d"água e
garças-, além de siris e caranguejos, cobertos de óleo, mortos
ou agonizando.
Os pescadores e catadores de
caranguejo que trabalham na região dizem que é praticamente
impossível salvar os animais atingidos pela poluição.
"Não dá nem para consumir os
bichos, só mostrar mesmo o que
aconteceu com eles", afirmou o
catador de caranguejo André Albuquerque, 19, que exibia um siri
capturado no mangue de São
Francisco, em Magé.
Em Praia de Mauá, onde está
concentrado o esforço de limpeza
da Petrobras, os animais mortos
estão sendo separados do lixo e
enterrados, segundo Advan Nunes, supervisor da GGF, empresa
contratada para a limpeza.
O secretário municipal de Meio
Ambiente, André Corrêa, disse
que o professor Lauro Barcellos,
da UFRGS (Universidade Federal
do Rio Grande do Sul), vai chegar
hoje ao Rio para tratar dos animais atingidos pelo óleo. Em Porto Alegre, no entanto, Barcellos
afirmou que até as 17h de ontem
não havia sido chamado.
Por enquanto, os animais atingidos pelo óleo estão sendo lavados com sabão neutro por funcionários da Petrobras.
Texto Anterior: Inquéritos apuram responsabilidade Próximo Texto: Multimídia Índice
|