ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local

Grupos de perueiros clandestinos fizeram protestos ontem em diversos pontos da capital paulista, queimaram dois ônibus e provocaram 70 km de lentidão no período da manhã.
O principal motivo para as manifestações foi a determinação da SPTrans de multar em 3.000 Ufirs (R$ 3.192) as lotações clandestinas apreendidas.
A lei que estabelece a multa passou a ser aplicada ontem. Antes, os perueiros apreendidos só precisavam pagar as taxas de remoção (R$ 329) e estadia do veículo (R$ 8 pelo período de 12 horas). Segundo estimativa da categoria, os protestos de ontem reuniram 1.500 perueiros. A zona sul foi a mais afetada -as avenidas João Dias e Engenheiro Armando de Arruda Pereira foram bloqueadas.
No Jabaquara (zona sul), os perueiros incendiaram dois ônibus - um da empresa Tupi e outro da Paratodos. O Transurb (sindicato das empresas de ônibus) estima um prejuízo de R$ 150 mil.
Na semana passada, os perueiros já haviam queimado dois ônibus da Tupi, que tem como diretor o atual presidente do Transurb, José Sérgio Pavani.
Os donos de lotações clandestinas também se manifestaram nas marginais Pinheiros e Tietê e nos bairros de Vila Sônia (zona sudoeste), Santana (zona norte), Santo Amaro (zona sul), Pari (centro), Itaquera e Penha (zona leste). No final da tarde, estavam em frente à prefeitura.
Às 9h, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou lentidão de 70 km, recorde do ano no período da manhã.
Além da nova multa, os perueiros também reivindicavam a regularização de 4.042 lotações -o que, segundo a SPTrans, deve acontecer até o meio do ano.


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