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VIOLÊNCIA
Episódios aconteceram desde o começo do ano; um policial foi morto
DPs sofrem 5 ações de fuga e resgate
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco distritos policiais da cidade de São Paulo sofreram tentativas de fuga ou de resgate de presos desde o início do ano. Entre os
casos inclui-se a ação organizada
pela mulher de um preso para
tentar resgatá-lo. O último ocorreu ontem e só não deu certo porque um delegado, ao perceber
seus policiais rendidos, reagiu sozinho e impediu a operação.
Os cinco episódios resultaram
na morte de um policial, em ferimentos em outro, na destruição
das fachadas de duas delegacias
por rajadas de metralhadora e até
na apreensão de uma granada,
que não explodiu.
Nenhum preso fugiu, mas os casos mostraram fragilidade na segurança e no controle do que entra nas carceragens. Em dois casos
-no 38º DP (Vila Amália) e no
53º DP (Parque do Carmo)-,
quadrilhas usaram metralhadoras para tentar resgatar presos.
Houve reação dos policiais, mas
ninguém saiu ferido.
Mas, em três casos, os presos
usaram armas e até explosivos
que foram parar ilegalmente nas
carceragens. No dia 1º, no 16º DP
(Vila Clementino), um preso
usou um revólver 38 para ameaçar um carcereiro. No dia 12, presos usaram explosivos para tentar
derrubar uma parede do 45º DP
(Vila Brasilândia).
Anteontem, um preso também
usou um revólver 38 para atirar
de uma cela do 85º DP (Jardim
Mirna). O investigador Eduardo
Miranda de Brito, 31, morreu.
Ontem de madrugada, dois policiais já estavam rendidos na entrada do 53º DP quando o delegado Mário Gomes Pereira Filho
percebeu a ação e saiu atirando.
Os homens fugiram. Uma metralhadora foi deixada no local.
"A gente realmente fica assustado. Eles não têm medo mesmo
com a Polícia Civil e a Polícia Militar aqui", disse o delegado titular
do 38º DP, Guilherme Zaglio Neto. O DP enfrentou uma tentativa
de resgate no sábado. Seis pessoas
foram presas. Entre elas, Hyleia
Santana de Lima, 23, mulher do
detento Sebastião de Jesus Silva,
23, que seria o alvo do resgate.
A polícia encontrou um croqui
do DP na casa de Hyleia, que seria
mentora da ação. Ela teria organizado a operação depois que a polícia descobriu um túnel feito para
libertar Tião Carioca.
O diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Antonio Chaves Martins
Fontes, disse que as rondas nos
distritos serão intensificadas. "A
ordem é ir para o enfrentamento."
(GILMAR PENTEADO)
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