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Temporal mata idosa e criança; condomínio alaga em Itapecerica
WILLIAM CARDOSO
DO "AGORA"
O temporal de anteontem
causou duas mortes por deslizamento de terra na Grande
São Paulo, elevando para 50 o
número de mortes no Estado
desde o início das chuvas, em
dezembro passado. No verão
passado, foram 24 mortes.
Em São Bernardo do Campo,
uma menina de dez anos foi soterrada no barraco onde morava, na Vila São José. Ela dormia
com a família no momento do
acidente. Em Itapecerica da
Serra, a pensionista Dalva Maria Lima, 71, foi atingida por
uma avalanche de lama quando
passava roupa.
Três netos de Dalva conseguiram se salvar ao ouvir os gritos da avó para que fugissem.
"Eles [os netos] disseram que
ela gritou para que saíssem correndo. Teria até empurrado
uma das crianças para fora, mas
ela mesma não conseguiu sair",
disse a balconista Andréia Teixeira Lima, 33, filha da vítima.
Em Itapecerica, cerca de 60
casas foram inundadas em um
condomínio de classe média,
próximo ao km 286 da rodovia
Régis Bittencourt. Com a chuva
da madrugada, o nível do lago
Las Brisas subiu cerca de um
metro, invadindo as residências rapidamente. Parte dos
imóveis permanecia alagada no
início da noite de ontem.
A tubulação que passa sob a
rodovia drena boa parte dos
bairros vizinhos e termina em
uma valeta a céu aberto, que
transbordou e fez com que a
água seguisse para o lago.
Barcos do local acabaram
sendo usados para ajudar os
moradores ilhados.
A empresária Isabel Santos
Coimbra, 54, tem uma creche
no local. Ontem, com a água na
altura da cintura, contava os
prejuízos. "Não deu para livrar
os móveis. Acho que devo ter
perdido uns R$ 5.000", disse.
Na entrada do condomínio,
uma placa diz que o loteamento
é embargado. Uma ação cobra a
desocupação da área.
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