São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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WALDEMAR NUNES NAVAS (1932-2011)

Um artesão do couro e dos sapatos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Sapato e couro eram velhos conhecidos da família de Waldemar Nunes Navas, um paulistano filho de espanhóis. Vários dos seus tios trabalhavam com isso e ele logo se viu inserido no ramo.
Em sociedade com irmãos, ele teve algumas fábricas de sapato. Em casa, os filhos tiravam proveito, pois podiam ter calçados personalizados.
O filho Edilson, hoje médico, lembra que, se o nº 40 estivesse apertado, e o 41 largo, dava-se um jeito de criar o 40,5. E era só escolher o modelo que mais gostasse.
Por um tempo, a empresa se transferiu para Juiz de Fora, em Minas. A família continuou em São Paulo, e ele voltava todo fim de semana.
Desde a década de 50, Waldemar era casado com Odette, que ele conheceu na Mooca, bairro da zona leste da capital. Hoje, ela é diretora de escola aposentada.
Tiveram quatro filhos, todos com nomes começando com a mesma letra: Eládia, Edilson, Edeliz e Élide.
Não trabalharam com couro nem sapato; todos escolheram a área da saúde: além do médico, há uma dentista e duas nutricionistas.
Segundo a família, Waldemar era apaixonado por bichos e natureza. Teve cães e pássaros e um sítio em Atibaia (SP), que adorava.
Trabalhou até o fim do ano passado, mesmo doente. Fazia um trabalho artesanal de revestimento em couro de móveis e de outros objetos. Há seis anos, convivia com um câncer de intestino.
Morreu na quinta, aos 78, em decorrência da doença. Deixa viúva, quatro filhos e oito netos. A missa do sétimo dia será na quarta, às 19h, na paróquia São Rafael, em SP.

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