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Morre Theotonio Negrão, advogado e ex-juiz do TRE-SP
WALTER CENEVIVA
COLUNISTA DA FOLHA
Theotonio Negrão, advogado
e processualista falecido ontem, é, provavelmente, a pessoa que maior influência teve
sobre atividades intelectuais de
juízes, advogados e promotores em nosso país.
Seus códigos de Processo Civil e Civil somaram 57 edições,
com a colaboração de José Roberto Ferreira Gouvêa, desde
os anos 90. Escrevi há mais de
dez anos que Theotonio alcançou a suprema glória do jurista,
transformado em substantivo
comum, pois seu nome passou
a ser sinônimo do próprio código processual anotado de sua
autoria, saído em 1974.
Sua primeira grande contribuição para o direito aplicado
surgiu em 1961, com o "Dicionário da Legislação Federal",
em edição da Companhia Nacional de Material de Ensino,
do Ministério da Educação.
Tratou-se de cuidadosa seleção
anotada das leis vigentes, com
indicações remissivas aos textos complementares.
Theotonio, além de advogado militante, preocupou-se
com a atividade associativa. Foi
conselheiro do Instituto dos
Advogados de São Paulo, da
Associação dos Advogados de
São Paulo e seu presidente
(1959-1960). Membro da Comissão de Reforma do Código
Civil da Secretaria da Justiça de
São Paulo, foi ainda juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São
Paulo, na classe dos juristas.
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