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TRANSPORTE
Investimento total do projeto está orçado em R$ 830 mi; segundo a prefeita, empréstimo está pré-aprovado
Para montar novo sistema, Marta pede R$ 494 mi ao BNDES
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy (PT), entregou ontem ao
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pedido de empréstimo no
valor de R$ 493,8 milhões.
O dinheiro será destinado ao
projeto de implantação do novo
sistema de transporte urbano da
capital paulista -que deve começar em julho deste ano. Os investimentos totais do projeto estão orçados em R$ 830 milhões.
O presidente do BNDES, Carlos
Lessa, disse esperar que a tramitação do pedido no banco demore
cerca de três meses, já que o
BNDES está introduzindo na sua
gestão mecanismos para agilizar a
liberação de empréstimos. O dinheiro do banco deverá ser pago
em 15 anos, com três de carência.
Segundo a prefeita, o empréstimo já está pré-aprovado. Ela disse
que o dinheiro faz parte de um pacote de R$ 740 milhões que o Ministério da Fazenda concordou
em liberar para a Prefeitura de
São Paulo quando o ex-prefeito
Celso Pitta concluiu a renegociação da dívida municipal com a
União. O restante do dinheiro já
está sendo usado no projeto do
antigo Fura-Fila (atual Paulistão).
Pela legislação, o BNDES, só pode emprestar dinheiro a governos, órgãos governamentais ou a
empresas públicas com a aprovação do Ministério da Fazenda.
Do total de investimentos, o
município deverá entrar com R$
336,192 milhões de recursos próprios. Serão construídos 26 grandes terminais e 350 estações de
transferência. Parte dos recursos
irá ainda para a operação Via Livre (que prevê melhorias viárias
para priorizar os ônibus). Segundo a prefeita, os investimentos deverão ser complementados por
R$ 600 milhões de empresários do
setor e cooperativas de perueiros.
Segundo o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, o projeto
prevê que em dois anos as empresas comprem 3.000 novos ônibus.
As cooperativas deverão substituir as vans, consideradas inadequadas para transportar passageiros, por microônibus. São Paulo
já conta com 22 terminais de integração, 14 deles municipais.
No cronograma de gastos totais
planejados pela administração
municipal (incluindo ainda as desapropriações), está previsto um
investimento de quase R$ 354 milhões para este ano e R$ 487,9 milhões em 2004, ano eleitoral.
No final de 2002, a Secretaria
dos Transportes cogitou colocar a
execução desses projetos nas
mãos dos empresários que passarão a integrar o sistema com a licitação. Mas desistiu da idéia por
considerar que não haveria atratividade na fase de concorrência.
Pelo edital, os empresários ficarão
responsáveis só pela construção
de terminais provisórios -que
atenderão a demanda enquanto
os novos não ficam prontos.
Colaborou a REPORTAGEM LOCAL
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