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São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

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TRANSPORTE

Investimento total do projeto está orçado em R$ 830 mi; segundo a prefeita, empréstimo está pré-aprovado

Para montar novo sistema, Marta pede R$ 494 mi ao BNDES

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), entregou ontem ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pedido de empréstimo no valor de R$ 493,8 milhões.
O dinheiro será destinado ao projeto de implantação do novo sistema de transporte urbano da capital paulista -que deve começar em julho deste ano. Os investimentos totais do projeto estão orçados em R$ 830 milhões.
O presidente do BNDES, Carlos Lessa, disse esperar que a tramitação do pedido no banco demore cerca de três meses, já que o BNDES está introduzindo na sua gestão mecanismos para agilizar a liberação de empréstimos. O dinheiro do banco deverá ser pago em 15 anos, com três de carência.
Segundo a prefeita, o empréstimo já está pré-aprovado. Ela disse que o dinheiro faz parte de um pacote de R$ 740 milhões que o Ministério da Fazenda concordou em liberar para a Prefeitura de São Paulo quando o ex-prefeito Celso Pitta concluiu a renegociação da dívida municipal com a União. O restante do dinheiro já está sendo usado no projeto do antigo Fura-Fila (atual Paulistão).
Pela legislação, o BNDES, só pode emprestar dinheiro a governos, órgãos governamentais ou a empresas públicas com a aprovação do Ministério da Fazenda.
Do total de investimentos, o município deverá entrar com R$ 336,192 milhões de recursos próprios. Serão construídos 26 grandes terminais e 350 estações de transferência. Parte dos recursos irá ainda para a operação Via Livre (que prevê melhorias viárias para priorizar os ônibus). Segundo a prefeita, os investimentos deverão ser complementados por R$ 600 milhões de empresários do setor e cooperativas de perueiros.
Segundo o secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, o projeto prevê que em dois anos as empresas comprem 3.000 novos ônibus. As cooperativas deverão substituir as vans, consideradas inadequadas para transportar passageiros, por microônibus. São Paulo já conta com 22 terminais de integração, 14 deles municipais.
No cronograma de gastos totais planejados pela administração municipal (incluindo ainda as desapropriações), está previsto um investimento de quase R$ 354 milhões para este ano e R$ 487,9 milhões em 2004, ano eleitoral.
No final de 2002, a Secretaria dos Transportes cogitou colocar a execução desses projetos nas mãos dos empresários que passarão a integrar o sistema com a licitação. Mas desistiu da idéia por considerar que não haveria atratividade na fase de concorrência. Pelo edital, os empresários ficarão responsáveis só pela construção de terminais provisórios -que atenderão a demanda enquanto os novos não ficam prontos.


Colaborou a REPORTAGEM LOCAL

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